Greve dos bancários segue com toda força em Pernambuco

A greve nacional dos bancários completa dez dias nesta quinta-feira (15) e segue com toda força em Pernambuco. Os trabalhadores estão revoltados com o silêncio da federação dos bancos (Fenaban), que não negocia com o Comando Nacional dos Bancários há exatos vinte dias. 

"É um absurdo o desrespeito dos bancos com os bancários e clientes", diz a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues. Para ela, os bancos já poderiam ter solucionado os impasses da Campanha Nacional 2015, se negociassem com seriedade e apresentassem uma proposta decente para os seus funcionários.

"A proposta ridícula apresentada pela Fenaban em 25 de setembro revoltou os bancários. Em que pese os lucros bilionários dos bancos, eles querem dar um reajuste salarial para os funcionários que equivale a metade da inflação do período. São perdas inaceitáveis, por isso a greve segue forte", explica Suzineide.

Em Pernambuco, a greve encerrou o nono dia nesta quarta-feira (14) com 87% dos bancos fechados em todo o estado. Nas instituições financeiras públicas, a paralisação é praticamente total, com 98% das unidades fechadas. Já nos bancos privados, a greve conta com a adesão de 77% dos bancários.

Para aumentar a pressão sobre os bancos, o Sindicato tem realizado atos e protestos cotidianamente durante a greve. Nesta quarta-feira, a manifestação foi realizada em frente à agência do Banco do Brasil da Avenida Dantas Barreto, na região central do Recife.

"Estamos dispostos a negociar com os bancos, mas até agora não há sinal para a retomada do diálogo por parte da Fenaban. Vamos manter a greve forte nesta quinta-feira para pressionar os bancos e garantir mais uma Campanha vitoriosa para os bancários", destaca Suzi.

Além do reajuste salarial de 16%, os bancários reivindicam valorização do piso no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e proteção ao emprego, vales-alimentação e refeição maiores.

As negociações estão paradas desde o dia 25 de setembro, quando os bancos apresentaram a pior proposta de acordo dos últimos dez anos. Ofereceram reajuste de 5,5% (quase a metade da inflação de 9,88% de agosto), que representa perda real de cerca de 4%; e abono de R$ 2,5 mil, pagos apenas uma vez e não incorporados ao salário. 
 

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