Contraf-CUT e Ita£ negociam reivindica‡äes dos banc rios

(São Paulo) A Contraf-CUT e o Itaú deram continuidade nesta sexta-feira, dia 30, ao processo de negociações permanentes, com a discussão de diversos assuntos de interesse do funcionalismo, entre eles as reivindicações para o BankBoston, o PCR 2007, o enquadramento sindical, as demissões por justa causa e as Comissões de Conciliação Voluntária.

 

O Itaú finalmente entregou para os bancários os dados relativos ao BankBoston, solicitados já há algum tempo. Entre eles o Regulamento do Plano de Aposentadoria ItauBank – Sociedade de Previdência Privada (nova razão social do BankBoston – Sociedade de Previdência Privada).

 

“Os dados serão de fundamental importância para continuarmos os debates sobre as reivindicações dos bancários do Boston”, explicou Wanderley Crivellari, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

 

Os representantes dos bancários também cobraram uma solução para os funcionários do BankBoston que não ocupam cargo de chefia e têm jornada de oito horas. O Itaú informou que o processo de treinamento e capacitação desse pessoal já está acontecendo conforme a necessidade. O banco afirmou também que não há nenhum processo discriminatório em relação a esses funcionários que ainda não participaram do treinamento.

 

Sobre o Itaubank, os bancários reiteraram a discordância em alocar o fundo de pensão dos funcionários do BankBoston no “Itaú Fundo de Pensão Multipatrocinado”, de previdência aberta. “Não vemos a necessidade de saída do regime de previdência fechada, visto que se trata de um plano jovem, em plena fase de acumulação, com um grande número de participantes ativos e cerca de 32 beneficiários no momento”, disse Wanderley.

 

O dirigente destaca que com as informações obtidas nesta negociação, a Contraf-CUT vai agendar uma reunião ampliada da COE, com a participação dos dirigentes do Boston, para discutir todas as reivindicações, como remuneração e previdência complementar.

 

PCR 2007

Bancários e o banco discutiram os indicadores da Participação Complementar nos Resultados (PCR). O Itaú apresentou a proposta de manter os mesmos indicadores utilizados na PCR de 2006, ou seja: ROE, Lucro Líquido, Índice de Eficiência, Índice do Bacen de Reclamações e Posição no Bacen.

 

“Reafirmamos ao banco a nossa discordância com esta metodologia, por entendermos que esses indicadores podem comprometer o pagamento da PCR. A nossa proposta é repetir o modelo adotado no Acordo Coletivo da PCR de 2005, que levava em conta somente atingir determinado lucro líquido”, explicou Wanderley.

 

Demissões por Justa Causa

Na última rodada de negociação, no dia 15, os bancários questionaram o Itaú sobre as demissões por justa causa praticadas no banco e a relação destas dispensas com a situação de endividamento dos funcionários.

 

Diante dessa cobrança, os representantes do RH apresentaram um balanço das demissões por justa causa no ano de 2006, com 143 casos, quatorze por dívidas.

 

“Reivindicamos a criação de mecanismos de defesa dos funcionários, e que eles não sejam perante a Inspetoria/Auditoria, para garantir a ampla defesa. Consideramos truculenta e inapropriada a conduta deste órgão do banco na maioria dos casos. Reivindicamos ainda que o Itaú abandone a política de demissão por justa causa decorrente de endividamento dos funcionários e crie alternativas para garantir acesso ao crédito com taxas de juros bem menores do que as praticadas no momento. De acordo com os representantes do RH, em breve o Itaú apresentará uma linha de crédito consignado”, contou Jair Gomes, representante da Fetec-Centro Norte na COE.

 

Enquadramento Sindical

Após um debate sobre o enquadramento sindical, que integra a minuta de reivindicações dos bancários do Itaú, os representantes dos trabalhadores solicitaram um comparativo entre salários, benefícios e jornada dos funcionários do banco e das financeiras da holding.

 

O banco disse que está disposto a discutir o assunto, mas antecipou três complicadores: os salários têm que ser compatíveis aos do mercado; dificuldade de implementar a jornada de seis horas para trabalhadores das financeiras; necessidade de jornada no fim-de-semana, principalmente nos setores que financiam veículos.

 

CCVs

O Itaú apresentou a proposta de celebrar um Acordo Coletivo de Trabalho com a Contraf-CUT para regulamentar a Comissão de Conciliação Voluntária (CCV). A COE se comprometeu em levar essa proposta para ser debatida e deliberada pela direção da Contraf-CUT.

 

Os representantes do RH informaram ainda que o Itaú aprovou a criação de um comitê de mulheres, com o propósito de discutir questões de gênero dentro da instituição. “Apresentamos de pronto a reivindicação de participação do movimento sindical neste comitê. O banco irá avaliar a reivindicação”, disse Jair.

 

Plano de Saúde

Está agendada para o dia 27 de abril, sexta-feira, reunião do Comitê de Acompanhamento do Plano de Saúde (CAPS), às 9 horas, no Ceic. Em pauta a apresentação da pesquisa de satisfação do associado, o acordo coletivo do Plano de Saúde, o Grupo de Trabalho para tratar da situação dos aposentados; e a colônias de férias do banco.

 

No dia anterior, a COE se reunirá na Contraf-CUT, a partir das 10 horas para preparar a negociação.

 

Fonte: Contraf-CUT

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