Contraf-CUT orienta levantamento sobre abusos do GOE do Santander

A Contraf-CUT está orientando sindicatos e federações a fazer um levantamento nacional de denúncias sobre abusos praticados pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) do Santander. Trata-se da área de inspetoria do banco que, segundo denúncias, tem feito pressões psicológicas sobre funcionários que parecem torturas, além de tratar com descaso a vida e a segurança das pessoas.

O problema foi discutido na reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, ocorrida no dia 4 de junho, em São Paulo, quando foi definido fazer o levantamento.

Na última negociação com o banco, realizada no dia 5 de junho, as entidades sindicais cobraram a marcação de uma reunião específica para discutir a atuação do GOE e a política de segurança bancária do Santander. Na ocasião, a Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo denunciou o caso do funcionário-caixa Rodrigo Araújo Vieira, da agência Otávio Tarquinr, em Nova Iguaçu (RJ).

Ele sofreu um sequestro-relâmpago na metade do mês de maio, foi interrogado pela polícia e pela GOE, recebeu telefonemas ameaçadores e foi encontrado carbonizado e morto no dia 31 de maio, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Apesar do interrogatório a que foi submetido pela GOE e das ameaças que vinha recebendo, nenhuma medida foi tomada pelo banco para garantir a segurança e proteger a vida do bancário.

O levantamento deve ser realizado até o dia 22 de junho e as denúncias devem ser enviadas para os emails [email protected] e [email protected]

O objetivo é coletar as denúncias existentes e cobrar do banco mudanças na atuação do GOE e na política de segurança bancária que respeitem os direitos humanos.

O banco ficou de agendar uma reunião específica para discutir o problema.

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