Acompanhamento psicológico a bancários e clientes, abertura de linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas da região e auxílio financeiro a bancários que sofreram graves prejuízos com as chuvas. Essas foram algumas das principais reivindicações feitas ao diretor de Relações Sindicais do Bradesco, Geraldo Gandro, por dirigentes da Contraf-CUT, da Federação dos Bancários do RJ/ES, do Sindicato do Rio de Janeiro e do Sindicato dos Bancários de Friburgo, de Petrópolis e de Teresópolis, cidades atingidas pela tragédia causada pelos temporais de janeiro.
O encontro aconteceu no dia 24 de fevereiro, no auditório do Sindicato, e fez parte da série de reuniões que vêm sendo realizadas com representantes de outros bancos com o mesmo objetivo. Os sindicalistas já realizaram encontros com o HSBC, Itaú Unibanco e Banco do Brasil.
Outra reivindicação dos sindicalistas que será levada por Gandro ao restante da diretoria do Bradesco é que sejam suspensas as metas cobradas aos bancários nas cidades atingidas.
Para o presidente do Sindicato do Rio, Almir Aguiar, não há como cobrar metas, já que a economia das cidades da região estão em colapso e que a maioria dos bancários não se encontra em condições emocionais para trabalhar pressionados por exigências como esta.
Garantia no emprego
O presidente da Federação dos Bancários RJ/ES, Fabiano Júnior, sugeriu que o banco oriente a área de Recursos Humanos a manter contato permanente com a federação e os sindicatos da Região Serrana e a fazer um levantamento das necessidades dos bancários que tiveram suas casas atingidas.
Ana Maria Melo, diretora do Sindicato de Teresópolis, trouxe uma reclamação de que o Bradesco teria oferecido empréstimo a juros de mercado a bancários que perderam tudo com a enchente. Gandro rebateu e disse que deve ter havido um equívoco.
O presidente do Sindicato de Nova Friburgo, Max José Neves Bezerra, lembrou que o comércio e a indústria da cidade foram fortemente afetados e solicitou que o Bradesco dê prioridade à liberação de créditos do BNDES para estas empresas.
O secretário-geral da Confraf-CUT, Marcel Barros, sugeriu a adoção da garantia no emprego aos funcionários do Bradesco das cidades atingidas. “Por um período, é necessário dar a estas pessoas segurança para que possam reerguer suas vidas”, afirmou.