A Contraf-CUT lança nesta semana a Revista dos Bancários 2015. A publicação conta como a forte mobilização dos bancários de todo o Brasil fez com que a categoria conquistasse uma grande vitória política na Campanha Nacional 2015.
“Os bancos quiseram se aproveitar do período controverso no cenário político e econômico para impor um reajuste abaixo da reposição da inflação. Eles tentaram ainda um cala-boca em forma de abono. O reajuste é uma conquista mais importante para a categoria, pois incide no piso e na PLR. Consideramos muito importante também a manutenção das nossas conquistas históricas. Foi uma grande vitória, pois além da adversidade política e econômica superamos a forte intransigência dos bancos”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.
O texto mostra que a construção dessa conquista começou no início do ano, com a consulta a 48 mil bancários de todo o País. Foram realizadas ainda os encontros estaduais dos bancários e os encontros nacionais por bancos, para definir pautas específicas. Na sequência, a 17ª Conferência Nacional dos Bancários, com 667 delegados, sendo 219 mulheres e 448 homens, além de 42 observadores. Uma arte mostra ainda todos os representantes do Comando Nacional dos Bancários, responsáveis por conduzir as negociações do lado dos trabalhadores.
A edição lembra como foi o 4º Congresso, realizado entre os dias 20 e 22 de março, em São Paulo. 353 delegados, dos quais 237 homens e 116 mulheres escolheram como vencedora, por ampla maioria, a Chapa 2, encabeçada por Roberto von der Osten, então secretário de Finanças da Contraf-CUT, para assumir a direção da Confederação.
A revista traz ainda uma entrevista com o Presidente da CUT, Vagner Freitas. Ele conta como começou sua carreira no movimento sindical e quais seus planos a frente da melhor Central do Brasil, cargo a qual foi reeleito em outubro.
Outra entrevista é com a presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, eleita em outubro – durante a 4ª Conferência Mundial da entidade. Rita fala sobre os desafios do sindicalismo bancário internacional, a importância da regulamentação do sistema financeiro e de termos uma bancária brasileira na presidência da entidade.
O Seminário Nacional de Estratégia do Ramo Financeiro, realizado em maio, em São Paulo, é outro assunto abordado pela publicação. O evento aprofundou o debate sobre o setor financeiro e discutiu os desafios da ação sindical da categoria frente à conjuntura econômica e política do País.
Ao participar do ato de abertura do Seminário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o protagonismo dos bancários. Disse ter uma excelente relação com o movimento sindical. “Nunca pedi para não protestarem, não fazerem greve. O que vocês não podem é estar mal com os trabalhadores. Podem estar mal com a Dilma, com o Lula, mas não com sua categoria.”
A revista aponta também uma das principais lutas da classe trabalhadoras do ano: contra a terceirização. Conscientes de que Congresso Nacional só recuará no trâmite e rejeição do nefasto PL 4330/2004 ante a mobilização e pressão dos setores democráticos da sociedade, as centrais sindicais, sindicatos, movimentos estudantis, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entre outros atores da sociedade, se uniram para criar o Fórum em Defesa dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.
“Na realidade, seria a legalização da precarização das condições de trabalho e do vínculo empregatício. O projeto de lei não propugna a igualdade de direitos, na prática aprofundaria as desigualdades de direitos dos trabalhadores”, afirmou Carlindo Dias, o Abelha, secretário de Organização da Contraf-CUT.
Os 30 anos da greve dos empregados da Caixa, que garantiu a conquista da jornada de seis horas, 30 anos da construção da unidade nacional, marcada pela fundação do Departamento Nacional dos Bancários da CUT (DNB/CUT) e os 30 anos da primeira greve nacional da categoria, após o golpe militar, quando o Brasil inteiro testemunhou a maior paralisação dos bancários da história também são lembrados na edição.
A publicação será distribuída em todas as federações e sindicatos do Brasil. Clique aqui para ler a versão digital da Revista dos Bancários 2015.