Mães sentam no chão em agência do Santander em Várzea Grande

Caos e desrespeito aos bancários e aos clientes no Mato Grosso

Mães com crianças sentadas no chão, alta temperatura e clientes insatisfeitos. Este foi o cenário encontrado pelo Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) ao chegar ao Santander de Várzea Grande, na última semana. Após denúncias de clientes que não aguentavam mais a situação, a entidade esteve no local e constatou uma série de desrespeitos aos clientes e bancários.

A fachada do banco já denunciava a superlotação da agência no dia dois de maio, onde clientes aguardavam pelo lado de fora sua senha ser chamada. Além da falta de assentos, o calor piorava a situação no local de trabalho, onde bancários estão sofrendo com a defasagem no quadro de funcionários, aumento diário da demanda e a sobrecarga acompanhada pelo estresse de ter que lidar com o serviço e com clientes que listavam uma série de reclamações.

Ao chegar ao banco, a diretoria do Sindicato já se deparou com uma cliente que chegou às 10h30 no local e, quase se aproximando das 16h, ainda não tinha sido atendida. Mulheres sentadas no chão reclamavam em um canto da agência da demora no atendimento e da falta de lugares para se acomodar com seus filhos de colo.

O Santander Brasil apurou lucro de R$ 1,428 bilhão, cortou 970 empregos e fechou 58 agências no primeiro trimestre, e é campeão de reclamações de clientes no Banco Central. O cenário descrito pelo Sindicato é resultado da política do banco, que só lucra e demite. Já foram eliminadas 4.833 vagas nos últimos 12 meses.

O reflexo está sendo sentido por todos, como avaliam o presidente do Sindicato, José Guerra, e o diretor do SEEB-MT e funcionário do Santander, Florisvaldo Pereira. Eles estiveram no banco e dialogaram com clientes e bancários.

“Problemas de superlotação, queda no sistema do banco, clientes insatisfeitos e bancários cada vez mais estressados deixa claro que o Santander não está valorizando as pessoas. Também há reclamações de funcionários que estão trabalhando além da jornada normal de trabalho, o que desrespeita a decisão judicial de não extrapolar as duas horas extras diárias”, diz Florisvaldo.

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