Bancários do Piauí participam do Dia Nacional de Mobilização

O Sindicato dos Bancários do Piauí marcou presença nesta sexta-feira (31/03), em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PI), Centro de Teresina, no Dia Nacional de Mobilização organizado pela Central Única dos Trabalhadores Nacional, contra as Terceirizações, Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista e em defesa da Justiça do Trabalho.

O ato público teve a participação do desembargador do TRT/PI, Francisco Meton Marques de Lima e da senadora Regina Sousa, e contou, ainda, com representantes do Sindicato dos Urbanitários, Motoristas, Construção Civil, Radialistas e Confecções.

Segundo explica Paulo Bezerra, presidente da CUT-PI, esse ato dos movimentos sindicais é importante para mostrar o poder de mobilização da sociedade e que a terceirização esta assolando o país, “até porque se a gente for observar o que está contido no texto original deste projeto, ele traz um aumento de jornada, redução de salários sem garantias da lei e sem garantias de direitos sociais, além de estar ferindo direto o trabalhador e trazendo a precarização para o setor”, enfatiza o sindicalista.

Ele disse que a mobilização foi uma forma de alertar a população para que possa absorvar essa leitura porque o prejuízo é para o conjunto da sociedade. “O projeto não é de reforma, mas sim de desmonte e fim da Previdência. É retirar o que é prioridade para o trabalhador brasileiro”, acrescenta Paulo Bezerra.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Pauí, Arimatéa Passos, foi taxativo ao afirmar que a terceirização atinge especialmente o setor bancário e quem está por traz desse projeto e quer implantá-lo no Brasil é o setor financeiro, que tem um único objetivo: “aumentar a lucratividade e diminuir o custo, além de rodiziar ainda mais a mão-de-obra que ele contrata. É fundamental que os bancários – seja de banco público ou privado – participem dessa manifestação porque a terceirização vem contra o emprego direto, formal e de carteira assinada”, pondera.

Em sua avaliação, a diretora do Sindicato, Francisca de Assis Araújo, falou que o setor bancário será o mais atingido e prejudicado com a terceirização. “O sistema financeiro já fazia isso há bastante tempo; não fazia na atividade-fim e essa foi a nossa luta para evitar que a terceirização atingisse o objetivo principal da empresa que é a atividade-fim”, diz.

Para finalizar, a senadora Regina Sousa observa que “não é só a Terceirização, mas um conjunto de coisas que estão se consolidando após o golpe que a gente já dizia que iria acontecer. O Governo está querendo fechar as contas do Brasil em cima da classe trabalhadora e dos mais pobres, seja com a Terceirização, Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista; já entregou o Pré-Sal e aprovou a reforma do ensino médio, então, tudo isso prejudica os mais pobres”, resume.

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