A Central Única dos Trabalhadores (CUT) manifesta sua tristeza pelo falecimento do escritor uruguaio Eduardo Galeano. Sua morte foi confirmada na manhã desta segunda-feira (13), pelo hospital em que ele estava internado tratando de um câncer no mediastino, em Montevidéu.
Antes de se tornar um escritor mundialmente conhecido, Galeano transitou por alguns importantes jornais uruguaios, como o “Marcha” e “Época”. Foi perseguido pela ditadura do Uruguai e seguiu para o exílio na Argentina, em 1973, quando já era reconhecido por sua maior obra, “As veias abertas da América Latina”, lançado em 1971.
Em 1976, Galeano seguiu para Barcelona, após ser perseguido, também, pela ditadura argentina. Só retornou a Montevidéu em 1985, com a abertura democrática no país.
Durante seus 74 anos, Galeano publicou mais de 30 livros. Além de “As veias abertas da América Latina”, o escritor lançou “Memória do fogo”, “Os filhos dos dias”, “O livro dos abraços”, “História da ressurreição dos papagaios”, entre outros.
Durante toda a vida, Galeano não hesitou em escolher os caminhos políticos que o conduziriam à esquerda. O uruguaio, que era um feroz defensor das liberdades e da justiça social, relatou de diversas formas os dilemas e as belezas do continente que amava, a América do Sul.
Por essa trajetória, que nos une na defesa de trabalhadores e povos oprimidos, a CUT lamenta o falecimento de Eduardo Galeano, sabendo que ele deixará um enorme legado para as lutas dos povos latino americanos.
“Na maioria dos países, a vida vale pouco ou nada, principalmente quando é a vida de um pobre”.
Eduardo Galeano
Executiva da CUT Nacional