A manifestação retardou a abertura de três agências
Os Sindicatos de Bancários e de Vigilantes de Dourados e Região participaram na manhã desta quarta-feira (21) do Dia Nacional de Luta por mais segurança nos bancos. O protesto aconteceu nas agências centro do Bradesco e do Itaú da Avenida Joaquim Teixeira Alves e, também, na Agência do Santander Urbana, que na semana passada foi palco de assalto no seu estacionamento, onde um cliente, além de perder R$ 58 mil, foi ainda baleado.
A manifestação retardou a abertura das três agências em uma hora e contou, ainda, com carro de som, faixas e a distribuição de uma edição especial do Jornal dos Bancários e Vigilantes do Brasil, que foi elaborada pelas confederações dos bancários (Contraf-CUT) e dos Vigilantes (CNTV), para distribuição aos trabalhadores, clientes e usuários dos bancos.
Durante os protestos, os diretores dos dois sindicatos dialogaram com clientes e funcionários sobre a importância de todos se unirem para exigir dos bancos para que os mesmos, que só em 2011 lucraram R$ 50,7 bilhões e investiram apenas 5,2% desse lucro em segurança, passem enfim a se preocupar com a segurança de seus funcionários, clientes e usuários.
O presidente do Sindicato dos Bancários, Raul Verão, ao usar a palavra, denunciou ainda que “Os bancos que já não investem em segurança como deveriam, estão agora se articulando no Congresso Nacional para aprovar uma lei que proíba os estados e municípios a legislarem sobre o sistema financeiro e, com isso, tornar sem efeito as leis estaduais e municipais que obrigaram os bancos a instalarem portas de segurança”.
Ainda segundo Raul, “se isso chegar a acontecer será um grande retrocesso e a vida das pessoas ficará ainda mais exposta nas agências bancárias de todo o país. A nossa luta é para que os bancos mantenham as portas de segurança e, ainda, instalem nas agências que ainda não tem, como é o caso em algumas agências da nossa região”.
A instalação de portas giratórias, no final dos anos 90, após muita luta dos bancários e aprovação de leis em vários municípios, reduziu em 80,61% o número de assaltos a bancos no Brasil e trouxe mais segurança para trabalhadores, clientes e usuários, conforme a estatística nacional da própria Febraban (Federação Brasileira de Bancos).