Em nove meses, a Caixa alcançou lucro líquido de R$ 3,4 bilhões, uma redução expressiva de 47,2% na comparação com o mesmo período de 2015. Vale ressaltar, no entanto, que o resultado está vinculado a menor utilização em 2016 de créditos tributários. Em 2015, o banco havia utilizado largamente tais créditos fazendo com que sua despesa com IR e CSLL se transformasse em uma receita de R$ 6,4 bilhões. Em 2016, o banco também utilizou tal expediente, mas em escala menor. Os créditos tributários geraram uma receita de R$ 2,6 bilhões, ou seja, quase 60% menor do que nos primeiros 9 meses de 2015, conforme análise do Dieese sobre o balanço do banco.
Apesar do registro de lucro e do acréscimo de 3,48 milhões em seu número de clientes, a Caixa reduziu 2.608 postos de trabalho em relação a setembro de 2015, o que deixa claro o forte impacto do Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA) sobre o quadro de empregados e a intensidade do trabalho no banco. No mesmo período, a Caixa abriu 10 novas agências.
Para Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), o lucro da Caixa obtido com seu papel social mostra o quanto isto é importante para o banco e para o Brasil e que não há justificativas para redução de empregos.
“O banco reduziu o número de postos de trabalho, evidenciando o quanto os empregados da caixa têm sido prejudicados com a redução de pessoal e o quanto eles têm brigado, dia pós dia, pelo crescimento da empresa. É importante que Caixa volte a contratar e que volte a crescer, beneficiando o país com a oferta de crédito e com aumento de dinheiro na praça”, ressalta Dionísio.
Confira aqui a análise completa do Dieese sobre o balanço da Caixa