Os funcionários do Real recebiam desde 2001 o adiantamento da primeira parcela do Programa de Participação nos Resultados (PPR), em agosto. No entanto, neste ano, o pagamento não será feito, o que está gerando entre os bancários do Santander oriundos do Real um enorme descontentamento.
As entidades sindicais já tinham defendido, em negociação no dia 23 de junho com o Santander, um novo formato que não vincule o valor do PPR ao índice de satisfação de clientes, e que garanta distribuição de forma linear, negociada com os sindicatos e sem desconto na PLR.
“O banco não negociou com os trabalhadores o fim da antecipação, não houve regra de transição para os bancários oriundos do Real, apenas a extinção do programa, sem resposta para nossa nova proposta de PPR”, diz o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Real, Marcelo Gonçalves.
“Para estes bancários, a luta agora é por um programa dentro desse formato, mais justo e que valorize todos os trabalhadores e não apenas os cargos mais altos”, salienta o dirigente sindical.
Aditivo à convenção coletiva
A PPR será uma das reivindicações específicas da pauta a ser definida nesta sexta-feira, dia 21, durante a reunião das COEs do Santander e Real, que ocorre a partir das 10h, na sede da Contraf-CUT. A entrega da minuta ocorrerá até o dia 31 para a direção do banco.
“Queremos a manutenção do aditivo do Santander à convenção coletiva com avanços para todos os trabalhadores do banco”, destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
Mobilização por PLR mais justa
Marcelo reforça que este também é o melhor momento para os bancários se unirem para fortalecer a Campanha Nacional 2009, com o intuito de conquistar uma PLR mais justa. “A proposta de PLR de três salários mais R$ 3.850 está entre as principais reivindicações da categoria. Os funcionários de todos os bancos receberão a primeira parcela da PLR conquistada ainda neste semestre, no final da campanha”, reforça.
Negociação com a Fenaban
A rodada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban que discutirá remuneração foi agendada para o dia dia 2 de setembro. Estará em pauta o índice de reajuste, a PLR, os pisos e demais cláusulas econômicas.
No próximo dia 27 haverá negociação para debater emprego. “Queremos garantia de emprego, ainda mais diante do processo de fusão em andamento”, conclui Ademir.
