Primeiro foi a agência de Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na madrugada de sexta-feira (5). Depois, na madrugada de sábado, a unidade da Rua Real Grandeza, em Botafogo, a poucos quarteirões do 2º Batalhão da PM. Por último, na segunda-feira, em Praia Brava, Angra dos Reis, a unidade que fica na vila dos funcionários da Eletronuclear. Em todas as ocorrências a atuação dos assaltantes foi muito parecida e o estrago, grande.
Tudo leva a crer que tenha sido a mesma quadrilha, já que as características são semelhantes até mesmo na estratégia de fuga: espalhar pregos no chão para furar os pneus dos carros da polícia e impedir a perseguição dos bandidos em fuga. No caso de Angra o escape foi ainda mais espetacular: além de invadirem uma festa que acontecia no clube da vila, onde levaram pertences dos presentes, os assaltantes fugiram por mar, usando lanchas.
O Santander tem sido o banco mais roubado no estado há alguns anos. Ao longo do ano de 2016 e no início de 2017 houve assaltos com agências em funcionamento, com bancários e vigilantes baleados e até uma vítima fatal. De uns meses para cá têm predominado as explosões de caixas eletrônicos no hall de atendimento das unidades.
O curioso é que as ações envolvem um número grande de criminosos e o estrago tem sido grande, obrigando o banco a suspender total ou parcialmente o atendimento até que sejam feitas reformas. Ao invés de explosões cirúrgicas, com danos controlados e resultado sempre positivo, algumas ações parecem um tanto desastradas. A explosão de Botafogo, por exemplo, teve a participação de cerca de 20 criminosos, fortemente armados, e muitas detonações – segundo testemunhas, mais de seis –, mas somente um dos três caixas foi arrombado, o que resultou em um roubo de R$ 25 mil, um valor baixo para este tipo de ação.
Para alguns policiais, o motivo do Santander ser o alvo principal das quadrilhas de ladrões de banco é o fato de que a instituição é a que menos investe em segurança.
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