O Ministério Público vai dar aos bancos do Recife um prazo de cinco dias para que eles enviem informações sobre os dispositivos de segurança já instalados para adequação à nova lei. A informação foi dada durante a audiência pública realizada na quarta-feira, 4 de maio, na Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Recife.
Estavam presentes, além do Ministério Público, representantes da Secretaria de Defesa Social, Ministério Público do Trabalho, Sindicato dos Bancários e dos Vigilantes, e os parlamentares da comissão, presidida perlo vereador Maré Malta (PPS).
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco, representado pelo secretário de Saúde, João Rufino, denunciou a situação da segurança nos chamados PAAs, sobretudo no interior. “São galpões ou garagens, onde se alojam bancos e um único bancário executa todas as funções, inclusive o transporte de valores e abastecimento do auto-atendimento”, diz Rufino.
Os parlamentares presentes deram informes sobre alguns Projetos de Lei que estão em tramitação na casa, como o que amplia a segurança no autoatendimento. Uma nova tecnologia foi apresentada pela empresa Arrow Plan: são malotes nos quais as cédulas se auto-incineram em caso de arrombamentos ou explosões. Segundo o representante da empresa, a tecnologia, brasileira já é utilizada com sucesso na Bélgica.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a Prefeitura Municipal do Recife não enviaram representantes, o que foi criticado por todos os presentes. O prefeito, recentemente, vetou que a fiscalização do cumprimento da nova lei de segurança bancária seja feita pela Dircon. Mas não indicou quem faria esta fiscalização. “Os vereadores garantiram que, mesmo que este veto seja mantido pela prefeitura, será derrubado na Câmara”, afirma Rufino.