A Operação Verão Seguro foi um trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Inteligência da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal (DPF) na Bahia, com a colaboração da DELESP/SR/DPF/BA.
Em meados do mês de dezembro de 2009 foi recebida uma denúncia de que um servidor da Delegacia de Polícia Federal de Porto Seguro/BA estaria representando uma empresa de segurança privada clandestina no Sul da Bahia, mas precisamente em Porto Seguro/BA.
Após levantamentos feitos na região, verificou-se que a empresa GMH SEGURANÇA LTDA realmente não possuía qualquer autorização do DPF para funcionar e era gerida pelo servidor e por dois policiais militares, tendo atuado em eventos e de maneira permanente em dois estabelecimentos da cidade.
Neste caso, o servidor da Polícia Federal que seria encarregado justamente de promover a fiscalização da regularidade das empresas de segurança privada na Delegacia de Porto Seguro estava à frente de uma empresa clandestina desse ramo.
Diante destes fatos, a SR/DPF/BA, ciente da conduta do seu servidor, desencadeou a Operação Verão Seguro, cujo nome remete ao município de Porto Seguro e à estação do ano em que foi interrompido o funcionamento de uma empresa de segurança privada clandestina.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços em Porto Seguro, inclusive na residência do servidor do DPF e nas sedes da empresa GMH SEGURANÇA LTDA.
Também foi feita a interrupção das atividades da empresa, que no dia 23 de janeiro atuava em dois estabelecimentos, a saber, Porto Plaza Shopping e no Restaurante Belvedere, com a lavratura de TCO’s dos vigilantes irregulares.
Foi ainda realizado a fiscalização de um dos maiores eventos do mês de janeiro em Porto Seguro/BA, o show da dupla Vitor e Leo, onde também foram conduzidos à Delegacia os vigilantes que estavam em situação irregular para a lavratura de TCO.
Os envolvidos responderão pelos crimes de prevaricação, crimes contra a ordem econômica e formação de quadrilha.
Trata-se de mais uma operação da Polícia Federal que, procurando sempre o aprimoramento de sua atividade institucional, não se exime de até mesmo “cortar na própria carne”, se necessário for, para extirpar todo e qualquer foco de corrupção e favorecimento pessoal de particulares.