Assim como o acordo de combate ao assédio moral, conquista da campanha nacional da categoria em 2010, não vem sendo respeitado no setor de Call Center do Santander, em São Paulo, a distribuição da Folha Bancária nº 5.508, com informações detalhadas sobre esse caso, também não foi. A direção do Call Center recolheu todos os jornais que estavam no local na manhã de quinta-feira 12, impedindo que a informação circulasse no prédio SP1.
Descontente com essa atitude, os representantes dos trabalhadores foram ao local e tornaram o fato público. O protesto aconteceu entre as 11h30 e 14h da sexta-feira 13: a folha ‘proibida’ foi distribuída, além de material informativo sobre assédio moral.
A diretora do Sindicato Maria Carmen Meireles critica a atitude de alguns gestores do local em tentar ocultar essa informação e a falta de respeito do Santander com os trabalhadores por não apurar as denúncias de assédio ocorridas no setor.
“O banco alega que não existe, mas, durante o tempo em que estivemos por lá, vários trabalhadores vieram reconfirmar os casos. Cobramos resposta do banco sobre o recolhimento do jornal e averiguação sobre a existência do assédio”, afirma a dirigente.
O diretor do Sindicato Marcelo Gonçalves reforça a cobrança e diz que o banco tem de mudar a postura, passar a valorizar o acordo e não mais permitir práticas de assédio moral no ambiente de trabalho.
“Trabalhar no Call Center já é estressante e ainda mais com essa pressão que só colabora para o adoecimento dos trabalhadores”, destaca e completa. “Por isso incentivamos os trabalhadores a manter o Sindicato informado para que possamos lutar por um ambiente saudável e digno, e para que os direitos sejam respeitados.”
Reavaliação
O Santander informou que vai reavaliar as denúncias. Em fevereiro, representantes dos trabalhadores e do Santander abrirão um canal de negociação específico para o setor.