Valor Econômico
Maria Christina Carvalho, de São Paulo
A fusão de direção e gestão dos bancos Santander e Real foi concluída em apenas cinco meses, após a aprovação pelo banco central holandês da compra do ABN AMRO pelo grupo espanhol, em 22 de julho.
Mas ela ainda não é visível para os clientes e público em geral porque a integração dos 3,5 mil pontos de venda e da oferta de produtos só vai ocorrer em 2010, quando houver a unificação dos sistemas. Quando isso ocorrer, será possível também adotar apenas uma marca, a do Santander.
A integração também caminha bem do ponto de vista cultural, disse ao Valor o presidente do grupo Santander Brasil, Fábio Barbosa. Um comitê formado por quatro executivos provenientes do Santander e quatro do Real, comandados por Barbosa, dirige o grupo. Barbosa quer combinar a agressividade e inovação comercial do Santander com a preocupação com a sustentabilidade e relacionamento com os clientes do Real. “Criaremos provavelmente uma terceira cultura.”
A integração será facilitada quando a sede do banco mudar para o prédio novo, perto da marginal do rio Pinheiros, no segundo trimestre de 2009. O grupo ficará então distribuído em apenas dois prédios, o novo e o de Santo Amaro, e não mais espalhado pelos seis atuais. O prédio da Paulista, sede tradicional do Real, será “disponibilizado”.
O banco acaba de aumentar em 50% as linhas de comércio exterior para o Brasil, que cresceram US$ 2 bilhões para US$ 6 bilhões