Bancários de Santos param contra terceirização de prepostos no Santander

Trabalhadores marcharam também contra o PL 4330 que escancara a terceirização

As 16 agências do Santander, em Santos, foram paralisadas nesta terça-feira, dia 6. A mobilização ocorreu até as 11h50, em protesto contra a terceirização ilegal de representantes do Santander (prepostos) para homologar demissões dos funcionários.

Depois os bancários realizaram um ato e uma marcha (em conjunto com outras categorias) contra o Projeto de Lei 4330, que visa escancarar a terceirização no Brasil. A marcha saiu da Praça Mauá até o escritório do Ministério Público do Trabalho, em Santos, onde foi protocolada uma representação contra o PL 4330.

O ato, de âmbito nacional, realizado por todas as centrais sindicais, foi denominado de ato de protesto contra o PL 4330 da terceirização, cujo substitutivo do deputado Artur Maia (PMDB-BA), relator do projeto do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), regulamenta a terceirização no país segundo uma ótica eminentemente empresarial, que busca flexibilizar e reduzir direitos trabalhistas garantidos na CLT e na Constituição Federal e ampliados nos acordos e convenções coletivas.

“Paralisamos as atividades nas unidades do Santander para sensibilizar e explicar à população e à categoria bancária o perigo que estão correndo, porque há uma diferenciação clara entre atividade-fim (que o bancário exerce) e atividade-meio (que outras categorias como vigilantes e faxineiras exercem dentro do banco). Sem contar com a terceirização ilegal dos seus prepostos realizada pelo banco, mesmo sem o PL 4330 ser aprovado”, afirma Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

Pelo projeto, a terceirização atingirá todas as atividades das empresas privadas, estatais, de sociedade mista e do serviço público em geral. As chamadas atividades-fim (que são de responsabilidade dos bancários) serão transferidas para firmas terceirizadas.

Se aprovado, milhões de trabalhadores perderão seus direitos e empregos para serem contratados por firmas terceirizadas. Sabe-se que a média das jornadas entre os terceirizados extrapola às oito horas diárias e, ainda, é estendida para sábados, domingos e feriados”, explica Big.

“O PL 4330 atinge igualmente as categorias dos químicos, jornalistas, funcionários públicos, metalúrgicos, petroleiros, portuários e outras que irão perder direitos contidos na CLT e terão salários diminuídos”, finaliza Eneida Koury, secretária-geral do Sindicato.

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