A Caixa Econômica Federal divulgou nesta quinta-feira, dia 15, o balanço do primeiro semestre de 2013. O banco teve lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, o que representa alta de 10,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.
No segundo trimestre, o lucro líquido chegou a R$ 1,8 bilhão, aumento de 39,7% em relação ao primeiro trimestre do ano.
As receitas totais atingiram R$ 45,8 bilhões, aumento de 16,5%, enquanto as receitas com operações de crédito alcançaram R$ 20,8 bilhões, acréscimo de 25,9%.
A divulgação do lucro acontece no momento em que a empresa e os bancários estão negociando as reivindicações da Campanha Nacional 2013. A expectativa dos trabalhadores é que esse significativo desempenho possa ser revertido em melhores condições de trabalho.
Segundo o coordenador da Comissão Executiva de Empregados(CEE/Caixa), Jair Pedro Ferreira, que também é vice-presidente da Fenae, o resultado apresentado pela Caixa é fruto do árduo trabalho dos seus empregados, que vêm sendo submetidos à precarização das condições de trabalho com metas abusivas e sobrecarga, entre outros problemas.
Para ele, o lucro deve ser dividido também com os empregados, com reajuste salarial justo, melhorias das condições de trabalho entre outros benefícios.
No primeiro semestre, o banco também conquistou 3,6 milhões de novos clientes. Foram abertas 2,9 milhões de contas correntes, totalizando 24,4 milhões, e somou 49,1 milhões de cadernetas de poupança com alta de 10,6% em doze meses. Além disso, abriu 223 novas agências e postos de atendimento.
Geração de 6.597 empregos
Essa expansão, no entanto, ocorreu em ritmo maior que o das contratações: entre junho de 2012 e junho de 2013, o número de empregados subiu 7,5%, enquanto o de agências e postos de atendimento cresceu 24,3%.
Os postos de trabalho no banco passaram de 89.035 para 95.632, aumento de 6.597. Já o número de unidades da Caixa chegou a 3.753 em junho de 2013, ante 3.019 um ano atrás. Isso significa que se em junho de 2012 o número de empregados por agências e postos de atendimento era de 29,5, hoje caiu para 25,5.
Os números mostram ainda que só com as receitas de tarifas e de prestação de serviços a Caixa cobre em 105% sua folha de pessoal. Essas receitas cresceram 14,3% atingindo R$ 7,8 bilhões no primeiro semestre de 2013.
Balanço
Segundo a Caixa, o índice de inadimplência fechou em 2,27% no semestre, abaixo do percentual apresentado em março de 2013 (2,34%) e do percentual médio do mercado, de 3,40%.
A carteira de crédito alcançou saldo de R$ 431,3 bilhões, crescimento de 42,5% em 12 meses e participação de 16,95% no mercado. A carteira do crédito habitacional atingiu saldo de R$ 238,5 bilhões, expansão de 34,6% nos últimos 12 meses. A Caixa tem 69,1% do mercado de crédito habitacional.
As concessões de financiamentos imobiliários somaram R$ 66,1 bilhões no primeiro semestre de 2013, evolução de 43,9% em relação ao registrado no mesmo período de 2012. As operações com recursos de poupança (SBPE) totalizaram R$ 30 bilhões, e as linhas que utilizam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), R$ 23 bilhões.
No âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida, a Caixa contratou R$ 28,5 bilhões no período, atendendo a 1,5 milhão de pessoas com 378,9 mil unidades habitacionais. Desse valor, 58% foram destinados a famílias com renda até três salários mínimos.