Nesta terça-feira 12 de abril, acontece, em todo o Brasil, uma nova atividade de protesto contra a reestruturação da Caixa Econômica Federal. O Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa é a oportunidade dos empregados do banco nos estados se posicionarem contra o projeto de reestruturação da empresa.
As medidas da diretoria estão sendo adotadas sem consulta à categoria e demonstram que a ideia é enfraquecer o banco público, conforme avalia a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. A comissão vai reunir-se quarta-feira, 13 de abril, das 9 às 13h, para debater o tema reestruturação, em reunião ampliada. Foram convidados para participar do encontro representantes dos sindicatos de bancários de Bauru (SP), Espírito Santo, Maranhão e Rio Grande do Norte. Ainda nesta semana, quinta-feira, 14 de abril, o tema reestruturação será tema da pauta de negociação da mesa permanente.
Uma atividade de protesto como o Dia Nacional de Luta já foi realizada em 24 de março deste ano e contou com importante adesão dos empregados com paralisação parcial de atividades e com ações de protesto em vários locais de trabalho nos estados. Na ocasião, os empregados receberam uma Carta Aberta, assinada pela Fenae e pela Contraf-CUT.
Os relatos dos representantes de sindicatos, associações e federações também sugeriram que só mesmo com atividades como essas os trabalhadores poderão passar o seu recado de que estão descontentes com a atitude arbitrária da Caixa diante das mudanças em andamento. Na última reunião do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae, realizada em 7 de abril, os 27 membros das Apcefs filiadas a Fenae aprovaram uma nota em repúdio à reestruturação na Caixa Econômica Federal.
“ A ideia é ampliar a mobilização de todas as forças políticas que compõem o movimento dos empregados da Caixa contra as medidas adotadas pela empresa, que tem causado apreensão nas unidades de todo o país”, diz a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Matheus. Para a coordenadora, os empregados vivem maior preocupação desde que as medidas de enfraquecimento da empresa e de desrespeito à categoria começaram a ser tomadas unilateralmente pela diretoria.
O anúncio da reestruturação foi exposto pela presidente da Caixa, Miriam Belchior, em 10 de março, sem qualquer diálogo com os trabalhadores. A Fenae e Contraf-CUT já encaminharam ofício à Miriam Belchior reivindicando a suspensão imediata da reestruturação em todo o país e a abertura de diálogo com a categoria.
“ A Caixa não pode simplesmente desrespeitar a categoria que tem anos de história com o banco e que o fortalece com sua força de trabalho. Decisões que extinguem unidades da Caixa e mexem com direitos trabalhistas conquistados há décadas não podem ser tomadas sem que as entidades sejam ouvidas. Por isso tomamos a providência de encaminhar o ofício”, esclarece Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae.