O texto a seguir foi divulgado por um bancário da base do Maranhão, em defesa da permanência de seu sindicato na Central Única dos Trabalhadores, respondendo a argumentação de militantes da tese contrária. Com autorização do autor, reproduzimos:
Pondere antes de decidir
Companheiros,
Pelo que o camarada colocou, dá a impressão de que:
Saindo da CUT, passaremos a ser o primeiro Banco, juntamente com o Basa a assinar os acordos;
Saindo da CUT, receberemos a maior PLR de todos os bancos;
Saindo da CUT, nós é que daremos as cartas na mesa de negociação com os banqueiros;
Saindo da CUT, conquistaremos o PCR mais afortunado dos últimos tempos;
Saindo da CUT, não trabalharemos mais além do horário de trabalho com gratuidade, e teremos melhores salários;
Saindo da CUT, passaremos a ser reconhecidos e valorizados pela nossa empresa;
Que legal! Vamos sair da CUT e afiliarmo-nos às Organizações Sindicais Tabajara, onde “todos os nossos pobremas se acabaram-se” – parafraseando o Seu Creyson.
A instauração da Democracia é um processo de aprendizado e maturidade conquistados com muito esforço e articulação política com as bases, mas sem perdermos o foco de nos organizarmos em um conjunto maior para que nos seja assegurado poder de discussão através da aglutinação de forças e não de isolamento em um exército de um homem só.
Portanto, acredito que a desfiliação da CUT sem propostas alternativas vai desembocar em uma missão tenentista sem conseqüência.
Voto pelo NÃO até pela ausência do oferecimento de propostas alternativas por parte daqueles que votam pela saída simplesmente por não gostarem da CUT como ela está. Se há alguma disfunção, então vamos mudar a CUT. Se há disfunção no BNB, vamos mudar o BNB. Se há disfunção no Brasil, vamos mudar o Brasil. Agora, sair da CUT, sair do BNB ou sair do Brasil só vai mostrar a nossa pequenez e incapacidade de organização e luta.
Jorge Antonio
Imperatriz – MA