Quase dois meses após o terremoto de 7,2 graus na escala Richter que atingiu a Haiti, mais de 1 milhão de pessoas permanecem desalojadas e o país continua dependendo de ajuda internacional. As informações são da agência de notícias portuguesa Lusa.
Autoridades locais pedem reforço no envio de tendas. De acordo com o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 520 mil haitianos foram levados para abrigos de emergência – apenas 40% do total de desabrigados.
O embaixador do Brasil em Porto Príncipe, Igor Kipman, destacou que as prioridades atuais no país incluem a remoção e a reciclagem de escombros e o saneamento básico nos acampamentos para onde desabrigados foram levados.
A maior preocupação, segundo ele, é a proximidade do período de chuvas. Os acampamentos – alguns improvisados e outros permanentes – devem ser transferidos para instalações resistentes às tempestades tropicais, comuns na região.
Segundo o embaixador brasileiro, áreas que não foram afetadas pelo terremoto também precisam de assistência, uma vez que cerca de 600 mil haitianos migraram para as províncias após o tremor. Algumas cidades chegaram a ter sua população duplicada e carecem em infraestrutura, alimentação e assistência médica.
Na próxima semana, está prevista uma reunião na República Dominicana que antecederá a reunião oficial entre países doadores, marcada para o próximo dia 31 em Nova York.