Bancários de São Paulo criticam demissões na Torre Santander

Levantamento realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo constatou que o Santander demitiu pelo menos 40 trabalhadores lotados na Torre, um dos principais complexos administrativos da instituição financeira em São Paulo.

De acordo com o diretor do Sindicato, Ramilton Marcolino, as demissões ocorreram na quinta 22 e atingiram funcionários dos setores de Recursos Humanos, Jurídico, Organização e Eficiência e o de Gestão Integral e de Gastos.

“Muitos dos empregados tinham mais de dez anos de empresa, entre os quais alguns eram elegíveis para receber bônus da instituição financeira. Cobramos resposta do banco para esses cortes e o que ouvimos foi a de que as demissões não passam de turn over”, relata. “Não aceitamos essa política de rotatividade apenas para economizar às custas dos trabalhadores.”

Ramilton destaca que nos primeiros nove meses deste ano o lucro líquido do Santander no Brasil totalizou R$ 4,731 bilhões, correspondendo a 26% do resultado global da instituição financeira.

“Não há demissões na Espanha, nem no Uruguai, na Argentina ou no México, qual a razão então para dispensar os trabalhadores brasileiros que são os verdadeiros responsáveis pela maior fatia do resultado mundial do banco?”, questiona.

Respeito

O dirigente lembra ainda que anualmente o banco destina alguns milhões de dólares em publicidade na Fórmula 1, no futebol, entre outras modalidades para melhor sua imagem na sociedade, mas tem se negado a valorizar os bancários da forma que merecem.

“O maior investimento que o banco pode fazer para a sua imagem é no corpo funcional, valorizando os empregados com salários dignos e condições adequadas de trabalho. Imagine o retorno que o banco teria com seus 55 mil funcionários e seus respectivos familiares fazendo propaganda positiva da empresa. Seria um retorno durável, com o qual a instituição só ganharia. Quando ocorrem demissões inexplicáveis como essas, acaba comprometendo o trabalho em todos os setores, pois os funcionários ficam apreensivos. E mais, há departamentos com carência de pessoal, principalmente na rede, ou seja esses trabalhadores poderiam ser aproveitados dentro do banco, nunca serem dispensados”, critica Ramilton.

“Exigimos o fim das demissões e o respeito aos bancários brasileiros”, conclui o dirigente sindical.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram