Bancários da Paraíba denunciam prática antissindical do Bradesco

A administração do Bradesco submeteu os funcionários na segunda-feira (30) ao contrangimento de permanecerem na garagem da Agência Centro João Pessoa, aguardando o momento de serem convocados ao trabalho. Essa prática antissindical foi denunciada pelo presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, que vai levar o fato ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho e pedir providências contra o abuso do banco.

“É um absurdo o Bradesco, juntamente com os demais bancos, evitarem a mesa de negociação e ficarem tentando cercear o democrático direito de greve dos bancários através de práticas espúrias. A adesão ao movimento continua forte, com quase 92% em nossa base, e vamos em frente até a vitória. Quando os banqueiros apresentarem uma proposta decente, vamos analisar os prós e os contras e podereremos então sair da greve; mas tem de ser de cabeça erguida”, ressaltou Marcos.

Outras Práticas

No Banco do Brasil, por exemplo, tem funcionários que saem constantemente com documentos para colher assinatura de clientes e, tudo indica, também para pegar depósitos.

Tomamos conhecimento que gestores estão se valendo da administração dos Shoppings Centers para barrar o pessoal que está fazendo o piquete de convencimento, o que não deixa de ser prática antissindical, uma vez que a categoria profissional decretou a greve em assembleia legítima e democrática.

Também não é possível esquecer o gerente da agência Cariri, da Caixa Econômica Federal, em Monteiro, no Cariri paraibano, que veio despachar em um bar de um shopping da capital.

Agora, como se todas essas práticas mesquinhas fossem poucas, alguns bancos estão deixando faltar dinheiro nos caixas eletrônicos para tentar jogar a sociedade contra os bancários em greve.

“Todas essas práticas devem ser rejeitadas porque não condizem com a luta dos trabalhadores bancários que passam o ano inteiro dando o melhor de si e recebeno o pior dos bancos. Agora é a nossa hora. Agora é a nossa vez de lutarmos com a arma da greve. Vamos à luta, companheiros!”, conclui Marcos Henriques.

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