De R$ 3,2 mil até R$ 4,2 mil. Esse é o valor total que os bancários do Itaú Unibanco receberão pelo Programa Complementar de Resultados (PCR) nos próximos dois anos. A proposta, se aprovada em assembleias dos sindicatos, cujo prazo termina nesta sexta-feira, dia 4, garantirá um crédito de R$ 2.100 até o próximo dia 10 de junho.
Vários sindicatos já fizeram assembleias e aprovaram a proposta negociada com o banco. Outras entidades reúnem os trabalhadores nesta sexta-feira. Em São Paulo, a nova proposta de PCR será votada pelos bancários nesta segunda-feira, dia 7.
Conquista veio com pressão do movimento sindical
Após pressão dos trabalhadores e diversas rodadas de negociação, o banco melhorou sua proposta e apresentou um acordo de 2 anos que pode dar aos bancários ganhos de até R$ 4,2 mil, com pagamentos em 2010 e 2011.
A proposta prevê o crédito de R$ 1,8 mil a título de PCR de 2010 no próximo dia 10. Na mesma data, os bancários receberiam também um valor de R$ 300 pelo sucesso da migração das agências do Unibanco para Itaú. Isso totaliza um crédito agora de R$ 2,1 mil para cada funcionário.
Em maio de 2011, os trabalhadores receberiam R$ 1,6 mil de antecipação do PCR de 2011. Eventuais diferenças seriam pagas até fevereiro de 2012.
A Contraf-CUT avalia que houve avanço nas negociações em relação à proposta inicial do banco, que previa o pagamento de R$ 1,6 mil e desconto nos demais próprios de remuneração variável. O banco ainda chegou a propor que o crédito do PCR não era para todos.
Mas a pressão do movimento sindical funcionou. O banco recuou e garantiu primeiro o não desconto nos programas próprios e o pagamento para todos. Depois, aceitou também aumentar o valor do PCR.
“O avanço significativo conquistado nessa proposta representa o esforço e a participação de todos os sindicatos filiados à Contraf-CUT no processo de negociação”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação e funcionário do Itaú Unibanco.
