Não é à toa que diariamente os usuários e clientes das agências bancárias de Pernambuco demoram consideravelmente para ser atendidos. Muitos desses casos estão relacionados a ações criminosas contra os bancos que ocorrem diuturnamente em Pernambuco, prejudicando a população e os bancários. No caso do Banco do Brasil (BB), a situação de superlotação das agências é ainda mais grave, porque após a reestruturação do banco foram fechadas sete unidades no Estado.
Com o encerramento das atividades pelo BB ou interdição de unidades devido às explosões, as demais agências ficaram superlotadas e sufocadas com o aumento da demanda. A agência Ipojuca, por exemplo, absorveu as agências dos municípios de Escada, que foi transformada em Posto de Atendimento; e Cabo de Santo Agostinho, que foi alvo de investida criminosa e permanece inoperante.
"É inadmissível que o banco penalize os clientes, usuários e funcionários, pois já se passou bastante tempo e não há ação efetiva para ao menos minimizar a precarização do atendimento. Não vamos ficar de braços cruzados vendo a população e os bancários sofrendo com o fechamento das agências. Estamos com agenda marcada para reunião com a Superintendência do BB a fim de cobrar uma resposta imediata do banco", adianta a secretária-Geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano.
Segundo Sandra, o Sindicato recebeu muitas denúncias sobre a falta de estrutura, necessidade de ampliação da jornada de trabalho devido ao aumento da demanda e, inclusive, agressão e adoecimento. "A categoria bancária, segundo estudos do Dieese, é a que mais adoece com distúrbio psíquico e situações como essas só agravam ainda mais o quadro", afirma a secretária do Ramo Financeiro do Sindicato, Andreza Camila.
Após reunião com a Gerência Regional de Gestão de Pessoas (Gepes) e com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), o Sindicato avaliará as soluções apresentadas e promoverá ações de orientação nas unidades do banco. "Estamos acompanhando de perto todo esse processo. Já temos reunião marcada e, conforme for o resultado do encontro, tomaremos as devidas providências através do Sindicato, acionando se necessário órgãos públicos de fiscalização", disse a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues.