A matriz do HSBC resolveu trazer uma preocupação a mais par ao fim de ano dos funcionários brasileiros do banco. Segundo divulgado pela diretoria nacional, os ingleses estão pressionando por uma revisão das notas atingidas pelos funcionários no CDP.
Segundo a matriz, o CDP, que é aplicado da mesma forma em todo o mundo, exibe um padrão no modo como se distribuem as notas dos empregados em cada país: 20% recebem notas 1 ou 2; 70% ficam no médio nível no 3; e 10% tiram notas 4 ou 5. NO entanto, no Brasil, os empregados com notas 1 ou 2 foram cerca de 30%, acima da media mundial. Dessa forma, a matriz exige que se faça um realinhamento das notas, se enquadrando nessa curva padrão, o que já foi anunciado pelos diretores brasileiros.
No entanto, segundo o banco, a alteração das notas não mudará os valores recebidos pelos funcionários no PPR. “O problema é que não é só o PPR que é afetado pela nota do CDP, mas também a avaliação geral do desempenho dos funcionários, aumentadno ou diminuindo possibilidades de promoção e mesmo a manutenção do emprego”, preocupa-se Miguel Pereira, diretor da Contraf-CUT e funcionário do HSBC. “Os dados da matriz inglesa apontam para uma distorção na avaliação brasileira , que pode ter sido para os dois lados. Funcionários bons podem ter recebido notas ruins. Os sindicatos precisam ficar atentos para avaliarmos como acontecerá esse processo e qual a dimensão desse realinhamento”, sustenta Miguel.