“Descartada como um pano velho, sem serventia”. Essa foi a atitude tomada pelo Santander com uma gerente geral que tem 28 anos de banco, na visão do diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Aparecido Augusto Marcelo.
A justificativa da instituição é a “baixa performance”, fato rechaçado pelo dirigente. “Ela trabalhava com 13 funcionários em quatro agências e tinha de lidar com férias e licenças. Como entregar metas altíssimas com tão poucos funcionários?”, questionou.
Em averiguações feitas pelo Sindicato em uma dessas agências, havia apenas dois funcionários no quadro, contrariando acordo sindical celebrado com o banco que previa mínimo de três bancários por unidade, de modo a evitar sobrecargas.
Truculência
Segunda-feira (23), próximo de meio-dia. Clientes sentados aguardando para serem atendidos. De repente, gestores entram na agência, aguardam poucos minutos até a gerente se levantar, sentam e comunicam que ela estava desligada. Descartada.
“Totalmente constrangida, ela pegou sua bolsa e pertences, com o choro entalado na garganta, abraçou colegas e foi embora. Funcionários e clientes ficaram estupefatos, sem reação. Os primeiros chorando, os segundos reclamando”, relatou Marcelo.
Maldade
Depois de dedicar toda a sua vida profissional ao Banespa e ao seu sucessor Santander, a bancária foi descartada de forma violenta. “A colega tem quase 28 anos de banco, portanto, foi cortada às vésperas de adquirir a estabilidade pré-aposentadoria”, disse.
Para o dirigente, parece que isso motivou a demissão, impedindo que ela conquistasse seu direito. “Solicitamos de forma oficial que a direção do banco reavalie o caso. Queremos adiar a homologação, pois a demissão ultrapassou qualquer bom senso”, disse.
Demissões
O Santander fez duas demissões, recentemente, em agências da região de Catanduva. A atitude contrasta com os altos lucros registrados pelo banco e colocou o Sindicato em alerta. “Estamos inconformados com todas as demissões e vamos protestar”, garantiu o dirigente.