Mobilização contra modelo precário de agências de negócios
Desde que o HSBC iniciou o processo de reestruturação transformando suas unidades em Agências de Negócios – sem estrutura de caixas e voltadas para investimentos financeiros -, as condições de trabalho e atendimento no banco pioraram muito. Com as dezenas de demissões realizadas no início de novembro, a situação se agravou ainda mais.
Nesta quarta-feira (10), os bancários de Curitiba paralisaram a agência Novo Mundo, exigindo mais respeito do banco com clientes e funcionários.
O fechamento da agência continuou nesta quinta-feira (11). O local tem problemas estruturais sérios, além de falta de funcionários, que causam precariedade no atendimento aos clientes, que apoiam a ação dos bancários, já que a situação na agência é caótica.
“A agência vai continuar fechada até que o banco apresente solução para o problema”, afirma Cristiane Zacarias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba aguarda reunião com o banco para tratar dos problemas da agência, que está superlotada desde que diversas outras unidades foram transformadas em Agência de Negócios. A reunião está marcada para ocorrer nesta sexta-feira (12), no Palácio Avenida.
A agência Novo Mundo permanecerá fechada nesta sexta-feira e o Sindicato vai recolher assinaturas de clientes num abaixo-assinado pedindo mais funcionários e melhoria no atendimento.
Reestruturação
Com a transformação das agências Portão, Pinheirinho e Avenida Brasília em Agências de Negócios, todos os clientes da região migraram para a unidade do Novo Mundo.
“A agência já está alocada em um prédio velho, sem infraestrutura adequada. Com o aumento do número de clientes, a fila de espera chegou a ser de uma hora e meia nos últimos dias e as condições de trabalho se tornaram insustentáveis. Mesmo diante desta situação, o HSBC não fez nada”, relata Cristiane.
Segundo informações que chegaram ao Sindicato, os clientes se recusam a abrir contas nas Agências de Negócios, pois preferem uma unidade que ofereça serviço completo, inclusive atendimento de caixas.
“Com isso, os bancários da agência Novo Mundo ficaram sobrecarregados. As demissões contribuíram ainda mais para o acúmulo de funções e a precariedade do atendimento e das condições de trabalho. O resultado é uma completa falta de respeito com trabalhadores e com clientes e usuários”, acrescenta Cristiane.
O Sindicato espera que o HSBC tome providências diante da situação. Enquanto isso, a agência Novo Mundo segue fechada.
