Bancários buscam acordo com BRB sobre PCS e estatuto da Regius

A primeira reunião entre o Sindicato dos Bancários de Brasília e a nova diretoria do BRB, realizada na quinta-feira (27), foi marcada pelas boas perspectivas de relacionamento entre as duas instituições. Além das boas-vindas aos novos dirigentes do banco, os representantes sindicais buscaram entendimento sobre assuntos relevantes aos bancários, como o Plano de Cargos e Salários (PCS) e as alterações estatutárias da Regius, o fundo de pensão dos funcionários, que contemplem a criação de uma nova diretoria e estabelecimento da paridade na gestão executiva da entidade.

Pelo Sindicato participaram do encontro os diretores André Nepomuceno, secretário-geral da entidade, e Antonio Eustáquio, ambos funcionários do BRB. A nova diretoria do banco foi representada pelo presidente em exercício, Edmilson Gama da Silva, pelo diretor de Relacionamento e Negócios, Alair José Martins Vargas, e pelo diretor de Administração, Tércio Marcus de Souza. “Desejamos boa sorte aos diretores e esperamos que seja feito um bom trabalho, sem as turbulências das gestões anteriores”, afirmou Eustáquio.

Em relação ao PCS, o Sindicato reiterou a necessidade de alterações que contemplem, dentre outras reivindicações, a valorização do piso, aumento das AGs de caixa, a questão das 7ª e 8ª horas, a situação dos gerentes de negócio e dos assistentes de negócio.

Além dessas questões, consideradas prioritárias, o Sindicato insistiu na necessidade de um PCS que mostre ao conjunto de funcionários a perspectiva de crescimento e encarreiramento no banco.

Em resposta, o presidente em exercício disse que foi traçado um plano de metas para os primeiros meses da gestão, conjunto de medidas que abrange ações para melhorar a tecnologia do banco, com o objetivo de tornar mais eficiente as operações e também a necessidade de revisão do PCS.

Edmilson disse que por determinação do Banco Central necessita criar uma carreira técnica específica para o setor de tecnologia e uma função específica para a ouvidoria a ser exercida por funcionários do banco.

O presidente frisou também que certamente observará as ponderações do Sindicato, que defende os seguintes pontos em relação ao PCS:

elevação do piso
elevação da AG de caixa (no mínimo ao mesmo valor pago à Caixa)
elevar o interstício, para no mínimo 1,5% ao ano
equacionar a questão dos assistentes de negócio dos níveis 2 ao 5
rever a situação dos gerentes de negócio
resolver a questão da 7ª e 8ª hora, adequando a jornada de trabalho pra seis horas, porém sem reduzir remuneração.

Regius: diretoria aprovará alterações já aprovadas pelo Conselho Deliberativo

O presidente em exercício do BRB afirmou que, na mais brevidade possível, a diretoria aprovará as alterações já aprovadas pelo Conselho deliberativo da Regius. Mudanças estas que criam nova diretoria no fundo de pensão: serão quatro, destinando duas delas para eleição direta dos participantes, reivindicações históricas do Sindicato e da Associação dos Funcionários Aposentados do BRB (AfaBRB).

O Sindicato considera esta medida extremamente importante e cobra urgência em apreciá-la para que a eleição dos futuros diretores ocorra já em maio, quando haverá pleito para os conselhos fiscal e deliberativo. Ao que o presidente disse, isto certamente ocorrerá.

Ao término da reunião, Edmilson Gama da Silva observou a intenção de estabelecer um bom contato com o Sindicato e que as portas estão abertas para um diálogo permamente.

Certificações

Na continuidade da reunião, com a presença do diretor de Administração, Tércio Marcus de Souza, o Sindicato procurou informações sobre a necessidade de diversos funcionários do banco que se certificaram pela Associação Nacional de Bancos (Asbace) terem de fazer nova certificação.

Tércio disse que irá se inteirar melhor do assunto e certamente dará uma resposta aos bancários.

Entenda o caso

Há cerca de quatro anos, diversos funcionários do BRB obtiveram certificações CPA 10 e CPA 20 via Asbace. O problema é que a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não reconhecem as certificações feitas pela Asbace.

Diante disso, esses funcionários do BRB foram comunicados da necessidade de uma nova certificação o mais rápido possível.

O Sindicato entende e reivindica que seja dado um prazo razoável para obtenção desta novas certificações e que o banco pague duas tentativas (avaliações), ao invés de somente uma, conforme processo vigente. Além disso, o movimento sindical cobra que sejam apuradas as responsabilidades sobre a contratação da Asbace para obtenção das certificações. O Sindicato exige providências, uma vez que foram utilizados recursos do BRB, que são públicos.

“O Sindicato considera este primeiro encontro bastante positivo, e espera que este seja o caminho para uma relação madura com os funcionários através do Sindicato, e que esta diretoria faça tudo para evitar os sobressaltos que marcaram o banco no governo anterior, promovendo uma nova etapa na gestão do conglomerado BRB”, diz André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.

“Esperamos realmente uma mudança positiva de rumos para o BRB, e que possamos construir com um diálogo franco e sadio, um melhor ambiente que permita uma relação proveitosa e produtiva para o banco e seus funcionários de forma que todos cresçam”, enfatiza Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.

Auxiliares administrativos

Ainda na quinta-feira 27, o Sindicato procurou a direção do BRB para buscar resolver a situação dos 19 funcionários de agências aprovados na seleção interna para o cargo de auxiliar administrativo, com lotação na Direção Geral (DG), mas que não assumiram o posto. Apesar de os bancários terem sido comunicados oficialmente pelo banco sobre a aprovação, o banco emitiu, na quarta-feira (26), entre outras, medida que vedava a migração de funcionários de agências para a DG.

Em resposta, a direção do BRB reconheceu o argumento do Sindicato de que, mesmo diante das novas medidas, o processo seletivo já estava concluído e que seria uma incoerência não considerar este caso em específico. E se comprometeu a resolver o problema o mais rápido possível. “Procuramos imediatamente o banco tão logo chegou ao Sindicato a demanda desses funcionários. E obtivemos, via Dirad/Degep, o compromisso de solução para esta questão”, informou o secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno.

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