A greve dos bancários chega ao 13º dia e estão paralisadas 403 agências no Ceará. Nesta terça-feira, 1º/10, os bancários cearenses aumentaram a mobilização para mostrar a força da categoria e lutar contra a intransigência do governo e dos banqueiros, e forçar a reabertura das negociações. A pressão repercutiu em todas as agências da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e dos bancos privados, onde a greve se mantém forte há 13 dias.
A maior pressão foi feita nas agências do Bradesco, Santander e Itaú, que são os principais bancos da mesa de negociação, emperrada desde o dia 5 de setembro.
Os bancários reafirmam que a greve é culpa dos banqueiros. É culpa dos presidentes – da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão) por ignorarem a pauta de reivindicações dos trabalhadores. Por isso, a pressão deve aumentar nos próximos dias.
“Apesar da greve estar forte e coesa é necessário ampliar ainda mais o movimento. É preciso que o número de bancos fechados seja maior para que nossa greve conquiste a reabertura das negociações. No 13º dia, a agencia N.S. de Fátima da Caixa tentou furar a greve, mas o grupo de convencimento reverteu a situação e a agencia continua paralisada”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Marcos Saraiva.
O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, reafirma a importância deste momento da greve que cresce a cada dia e ressalta a necessidade de intensificar ainda mais a mobilização e as paralisações para quebrar a intransigência dos banqueiros e do Governo, que se recusam a negociar.
Caminhada pela Aldeota
Também nesta terça-feira, 1º/10, os bancários realizam uma caminhada pelo corredor bancário da Aldeota, com passagem pelas unidades das Avenidas Santos Dumont e Desembargador Moreira. A concentração será no cruzamento das avenidas Barão de Studart e Santos Dumont.