Bancários de Marabá-PA param BB contra condições precárias de trabalho

O Pará tem um clima característico: quente e úmido, que todo paraense ou morador da região conhece muito bem e sofre diariamente com o calor. A alta temperatura é uma velha conhecida dos bancários e bancárias do Banco do Brasil em Marabá, sudeste do Estado.

Revoltados com as péssimas condições de trabalho, que não se restringem apenas a duas centrais de ar condicionado quebradas desde a inauguração da agência; bancários paralisaram o atendimento ao público na última quarta-feira, 28 de julho, e procuraram o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá (Seeb PA/AP) para denunciar o caso.

Assim como a categoria, clientes também são vítimas da situação, que segundo o delegado sindical, Ernani Carvalho Filho, várias pessoas já passaram mal devido ao forte calor, e admite, “não tem como trabalhar assim. Até os computadores dos terminais de atendimento superaqueceram e quebraram. O descontentamento é geral. Os clientes procuram a agência para serem atendidos, eles não querem saber se o computador está quebrado, por causa do ar condicionado; muitos pensam que a culpa é do bancário e acabam xingando-nos”, desabafa.

E não precisa ser eletricista para saber que a agência precisa de mais centrais. “A circulação de pessoas é intensa todos os dias aqui na agência e duas centrais de ar condicionado não são suficientes”, constata Ernani Filho. “Só voltaremos a atender os clientes quando o problema for de fato resolvido”, protesta.

Mais problemas – A categoria também sofre com a falta de cadeiras novas para trabalhar, na ausência delas a saída é continuar a usar as velhas, que estão com o estofado rasgado e rodinhas quebradas, o que já foi motivo até de acidente: um bancário caiu de uma dessas cadeiras e teve que ficar ausente durante cinco dias enquanto se recuperava da queda.

Além disso, o aparelho que organiza as senhas dos clientes vive com defeito, e os bancários mais uma vez têm que entrar em ação, usar a voz em alto e bom tom para chamar o cliente que mesmo assim não escuta, perde a vez e faz a maior confusão, e o culpado continua sendo o funcionário.

E para completar o clima de insatisfação, os terminais de auto-atendimento, que vieram para facilitar a vida dos clientes, também não estão em pleno funcionamento e mais pessoas se juntam as filas quilométricas no banco.

Sindicato exige melhorias – Ao tomar conhecimento da gravidade dos problemas enfrentados pela categoria, o Sindicato emitiu ofício à superintendência do banco exigindo a instalação imediata de novos aparelhos de ar condicionado, que atinjam a temperatura agradável e salubre aos funcionários e clientes; segundo a Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério do Trabalho e Emprego. Além de novas cadeiras e conserto e/ou manutenção dos terminais de auto-atendimento.

Na quinta-feira, um dia após a paralisação, o atendimento voltou ao normal, é que a superintendência do banco atendeu as reivindicações da categoria e começou a providenciar um ambiente de trabalho decente para os seus funcionários e clientes.

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