A Contraf-CUT se reúne nesta sexta-feira, dia 26, às 10h, com a Caixa Econômica Federal, em Brasília, para discutir o processo de reestruturação em curso no banco. As mudanças são motivo de boatos dentro da empresa há meses, causando grande preocupação entre os trabalhadores.
Os bancários já cobraram do banco esclarecimentos sobre o processo, mas a Caixa sempre se negou a discutir a questão e mesmo repassar informações. O segredo mantido pela empresa tem gerado grande insegurança entre os bancários, que não sabem qual será o impacto de uma possível reestruturação em seus setores.
“Esperamos que a Caixa nessa reunião tenha um mínimo de transparência e dê informações para os bancários sobre os próximos passos do processo”, afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
“A Caixa tem o direito de fazer a reestruturação que achar necessária, é uma decisão administrativa. Mas não pode esquecer que há empregados envolvidos, que tem suas vidas e de seus familiares estruturadas em torno de seu local de trabalho, e não podem de uma hora para outra ser transferidos de município, ou ter sua remuneração reduzida”, diz.
Para diminuir essa sensação, a empresa publicou a CI 012/10, da Surse/Suape/Sudhu com regras para realocar os empregados afetados pela reestruturação. No entanto, a Contraf-CUT considerou as regras insuficientes para garantir o respeito aos trabalhadores.
Redução das Gipes
Outro ponto que tem preocupado os trabalhadores diz respeito a comentários não confirmados oficialmente pela Caixa de que a reestruturação incluiria a redução do número de Gipes das atuais quinze para apenas seis em todo o país.
“Além de colocar os empregados que nelas trabalham na mesma situação de insegurança, essa mudança traria reflexos negativos à gestão do Saúde Caixa e dos programas de Saúde do Trabalhador”, afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e empregado da Caixa.
No último dia 18, o vice-presidente de Gestão de Pessoas da Caixa, Édilo Valadares, esteve presente em reunião do GT Saúde Caixa e afirmou que, no que depender dele, não haverá a redução das áreas, e sim a retirada das atribuições burocráticas, permanecendo as estruturas próximas dos empregados para cuidar da Gestão do Saúde Caixa e dos programas de saúde do trabalhador, de treinamento, entre outras.
“A fala do vice-presidente da área de gestão de pessoas é positiva, pois manifestou preocupação. Porém, os boatos de que haveria a redução das Gipes continuam circulando na empresa. Esperamos que prevaleça a visão que beneficia a saúde dos empregados”, diz Plínio.
Abaixo-assinado
Durante a reunião, os bancários entregarão à direção do banco um abaixo-assinado elaborado pela Contraf-CUT, reivindicando a não-redução do número de Gipes e a criação de estruturas específicas para o Saúde Caixa e a Saúde do Trabalhador. Foram recolhadas cerca de 5,5 mil assinaturas de empregados do banco em todo o país.