O HSBC lidera o ranking de reclamações do Banco Central no mês de abril. Foram 109 reclamações, a maioria relacionada a atendimento, fornecimento de documentos e informações.
“O atendimento precário é uma conseqüência direta da gritante falta de funcionários do banco”, explica Sérgio Siqueira, diretor-executivo da Contraf-CUT e funcionário do HSBC. Ele lembra que, na última negociação entre a Contraf e o banco, os sindicalistas protestaram contra a sobrecarga de trabalho que aflige os funcionários em todo o Brasil, enfatizando que muito têm deixado o banco por não suportarem a carga e as pressões por metas.
No entanto, o banco disse que não havia questão nacional, mas apenas problemas em agências pontuais. O banco chegou inclusive a afirmar que tinha uma boa posição no ranking do BC, o que atestaria a boa qualidade do atendimento. “Esses números do BC desmentem a direção do banco inglês”, afirma Sérgio Siqueira.
O banco citou também prêmios de respobsabilidade social que teria ganho recentemente como prova da qualidade de seu serviço. “Mas esses prêmios são apenas para inglês ver. Não existe responsabilidade social sem condições dignas de trabalho para os funcionários e de atendimento para os clientes”, defende Sérgio. “É preciso que o HSBC comece a contratar urgentemente para diminuir a pressão sobre os trabalhadores”, sustenta.
O segundo colocado da lista foi o Unibanco, seguido por Santander, Real ABN e Banco do Brasil, respectivamente.