(São Paulo) Os representantes dos bancários apresentaram nesta quarta-feira, dia 27, uma proposta para o Banco do Brasil com o objetivo de acabar com o impasse sobre a Cassi. Desde que o acordo fechado com o BB não foi aprovado por falta de quorum, no final do mês passado, a empresa não apresentou mais nenhuma contraproposta para o funcionalismo.
“Diante da falta de vontade do Banco do Brasil em melhorar a proposta, a Comissão de Negociação da Cassi (formada pela Contraf, representantes dos aposentados e dirigentes eleitos da Caixa de Assistência) decidiu apresentar suas sugestões para resolver os problemas da Cassi. Na negociação desta quarta, o BB voltou a comparecer sem qualquer proposta, portanto, a nossa é a única que está na mesa”, explicou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Diante da proposta apresentada pelos bancários, o Banco do Brasil solicitou um tempo para avaliar e dar uma resposta. Por causa disso, a terceira rodada de negociações da Cassi, marcada para esta quinta-feira, foi adiada para o dia 4 de julho.
“Esta enrolação mostra que as atitudes da diretoria do BB estão muito longe do discurso. Precisamos resolver urgentemente os problemas da Cassi e queremos respostas o quanto antes”, ressaltou Marcel Barros. “O quorum para aprovação do estatuto só não aconteceu porque o BB lançou um pacote que causou incerteza no funcionalismo. A situação só chegou a este limite por culpa do banco”, completou.
Por causa da indecisão do BB em mesa de negociação, a Contraf-CUT e a comissão de negociação da Cassi querem adiar a eventual votação de uma nova proposta para o período de 20 a 27 de julho em primeiro turno e, se necessário, segundo turno de 6 a 17 de agosto.
Veja aqui a íntegra da proposta apresentada pelos representantes dos bancários.
CCP renovada
A Contraf-CUT e o Banco do Brasil assinaram nesta quarta-feira a renovação do acordo das Comissões de Conciliação Prévia (CCPs). O contrato atual vence no dia 30 deste mês e agora vale por mais dois anos, sendo reavaliado dentro de um ano
“Tivemos muitos problemas na forma como o BB vem conduzindo as negociações das CCPs atualmente. O principal é o pagamento das horas-extras e do desvio de função. Na última rodada de negociação, o BB atendeu nossas reivindicações, especialmente sobre a operacionalização das conciliações, e concordamos em renovar o acordo. Mas os sindicatos precisam fiscalizar e cobrar para que os problemas não se repitam”, disse Marcel Barros.
Fonte Contraf-CUT