A caravana da FETEC/CUT-SP chegou, nesta quinta-feira 16, ao município de Araraquara, ganhando amplo apoio da população para a Campanha Nacional dos Bancários 2012.
Com animação da Banda Maracatu e performances do grupo teatral Ocêvê, a atividade percorreu o centro bancário da cidade, com paradas em frente das 10 principais agências bancárias da localidade.
A manifestação divulgou as lutas dos bancários nesta Campanha Nacional 2012, dentre as quais a defesa do emprego e contra as demissões, por melhores condições de trabalho e de remuneração e de atendimento à população.
“Estamos aqui para destacar a importância da participação e comprometimento dos bancários nesta Campanha Nacional Unificada, bem como levar o esclarecimento à população de que a nossa luta é também por melhor atendimento nas agências”, destacou Gilberto Paulilo, presidente do Sindicato dos Bancários de Araraquara.
Durante a atividade, as lideranças sindicais destacaram a necessidade de os bancos cumprirem o seu papel social, de prestação de serviços à sociedade com taxas e tarifas justas e respeito no atendimento, contra a exclusão e com atuação voltada para o desenvolvimento do país.
“O sistema financeiro com os seus elevados lucros tem a obrigação de voltar a sua atuação para a sociedade. E isso também vale para os bancos públicos, embora eles estejam na liderança da concessão de crédito por orientação do governo federal”, destacou Adriana Pizarro, diretora da FETEC-CUT/SP, ao citar os desrespeitos cometidos pelo Banco do Brasil aos funcionários, clientes e usuários.
“O funcionalismo do BB hoje sofre com as metas abusivas, assédio moral e descomissionamentos injustificados, ao mesmo tempo em que clientes e usuários são empurrados para o autoatendimento e correspondentes bancários, por meio do BB+, sobretudo, os de baixa renda. Por isso, além de defendermos as reivindicações gerais da categoria, estamos em luta por questões específicas, como igualdade de direitos para os funcionários oriundos dos bancos incorporados, Cassi e Previ para todos com qualidade, fim da perda de função e irredutibilidade de salário e mais investimento em segurança, dentre outras reivindicações”, destacou Adriana.
A dirigente sindical criticou a ameaça de consulta interna que o banco está fazendo sobre os benefícios da Cassi e Previ. “Se fizer essa consulta, o BB prossegue discriminando os bancários incorporados, sendo que defendemos ser um direito de todos os funcionários do BB. Se a instituição quer fazer consulta, então, deve consultar o conjunto dos funcionários sobre o cumprimento da jornada de seis horas, sobre as metas, para saber o que realmente interessa aos trabalhadores”.
Momento de emoção
Em parada na frente da agência do Banco do Brasil, os integrantes da caravana fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao ex-dirigente sindical, Manoel Castaño Blanco, falecido nesta quarta-feira 15, em decorrência de um acidente vascular.
Manolo, como era conhecido, foi bancário do Safra e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo de 1991 a 2002, onde comandou as Secretarias Jurídica, Cultural e de Imprensa. Foi também um dos responsáveis pela criação da Comissão de Segurança Bancária do Sindicato nos anos 1990.