Santander-Real: Seeb Florianópolis faz atividade no Dia Nacional de Luta

O Seeb Florianópolis e Região realizou nesta quinta-feira (04/06) mais um Dia Nacional de Luta no Santander/Real. A atividade teve como objetivo engrossar a pressão sobre o Banco para por fim às demissões e melhorar o valor da PLR paga aos funcionários. A atividade foi indicada após reunião do Comitê de Relações Trabalhistas, na última terça-feira dia 26/05, entre os representantes do banco e o movimento sindical, onde novamente não foi apresentada uma proposta de adicional de PLR por parte do banco.

O adicional vem sendo reivindicado desde a divulgação do lucro no exercício 2008, que para surpresa do conjunto de funcionários foi de R$ 2,8 bilhões. O valor divulgado contrariou as declarações do presidente do Grupo Santander Brasil, Fabio Barbosa, e do presidente mundial do Santander, Emilio Botin, que em meados de outubro de 2008, estimavam um lucro de aproximadamente R$ 5 bilhões, o que corresponderia a 20% do lucro mundial do grupo. O lucro de R$ 2 bilhões a menor, impactou significativamente o valor da PLR paga os funcionários e, desde então, o movimento sindical vem questionando o banco quanto ao “sumiço” do valor, reivindicando o reconhecimento do esforço empreendido pelos funcionários, através do pagamento de um adicional de PLR.

Nesse contexto, é lamentável o fato do Santander ter distribuído bônus milionários aos executivos, que em alguns casos chegaram a receber R$ 1,4 milhão, enquanto aos funcionários, que no dia-a-dia são submetidos a extrema pressão pela busca de metas, é somente paga a regra básica da PLR.

Outra questão que deverá impactar resultados futuros do banco, e conseqüentemente o valor da PLR a ser paga, é o ágio de R$ 26,3 bi com a compra do Real. Esse valor poderá ser abatido em até 10 anos, o que representaria uma média de R$ 2,6 bilhões abatidos do lucro anualmente. Além disso, é necessária a interrupção das demissões e a contratação de mais funcionários, pois o quadro em muitas agências é crítico, com bancários são submetidos a jornadas de trabalho extenuantes e clientes aguardando o atendimento nas filas por tempo muito superior aos permitidos por lei.

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