A tão esperada reunião do Conselho de Administração do Banco Nossa Caixa, ocorrida na última quinta-feira, dia 26, não atendeu as expectativas de seus funcionários, que esperavam ter suas reivindicações atendidas, no que se refere a suspensão imediata das demissões sem justa causa. O Conselho, por sua vez, decidiu remeter a matéria à diretoria do banco para que a mesma reavalie os casos de demissão, com exceção dos aposentados.
“Já é difícil para funcionários e clientes saber que o Estado está pouco se importando com o patrimônio público. Ainda mais com esse jogo de leva e traz, que protela decisões primordiais para os trabalhadores e a sociedade como um todo”, avalia Raquel Kacelnikas, diretora do Seeb São Paulo e funcionária da Nossa Caixa.
Para a dirigente sindical o momento é de mobilização dos funcionários e pressão ao banco. “Precisamos estabelecer um diálogo dentro da própria categoria para nos inteiramos sobre o tema, discutirmos medidas de cobrança e de mobilização dos trabalhadores”, destaca Kacelnikas, lembrando que o melhor momento para isso será a realização de um grande Encontro dos Funcionários da Nossa Caixa, que acontecerá no próximo dia 12 de julho, no Ginásio da Portuguesa, localizado na Marginal Tietê, em São Paulo.
Retrospectiva – Em reunião realizada no dia 09 de junho com o presidente da Nossa Caixa, Milton Luiz de Melo Santos, e seus diretores de Rede e Gestão de Pessoas, o próprio presidente disse aos representantes dos funcionários que não poderia dar uma resposta afirmativa quanto as reivindicações, pois a questão teria que ser apreciada pelo Conselho de Administração.
Vale ressaltar que o Estado de São Paulo detém 71% das ações do banco e, com esse percentual de representação, poderia dar um basta às demissões. Contudo, o Estado e demais acionistas da Nossa Caixa negligenciaram um pedido dos trabalhadores por questões e políticas de mercado.
