Santander volta a liderar em maio ranking de queixas de clientes no BC

O Santander voltou a liderar em maio, pela quarta vez em 2014, o ranking das instituições financeiras com o maior número de reclamações entre os bancos com mais de 1 milhão de clientes, de acordo com levantamento do Banco Central (BC).

O banco espanhol teve 415 reclamações procedentes e maio, contando com 22,851 milhões clientes sob o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que representa o índice de 1,81 no mês, o mais alto entre as maiores instituições.

As principais reclamações no Santander foram a realização de débitos não autorizados, a prestação do serviço de conta-salário de forma irregular e a concessão de crédito sem documentação adequada.

Mais uma vez o secretário de Imprensa da Contraf-CUT e funcionário do Santander, Ademir Wiederkehr, não ficou surpreso. “Em 2013, o banco ocupou por oito vezes o primeiro lugar no ranking do BC. Essa incômoda liderança coincide com o aumento do número de demissões, corte de empregos e fechamentos de agências. Essa política de dispensar bancários, reduzir vagas e sobrecarregar funcionários prejudica o atendimento aos clientes”, critica. “Queremos o fim das demissões e da rotatividade, mais contratações e melhores condições de trabalho”, defende o dirigente sindical.

Para elaborar o ranking, o BC recebe as queixas dos clientes e analisa se houve descumprimento das normas do Conselho Monetário Nacional (CMN). A lista considera apenas as reclamações procedentes.
Os dados usados relacionam o número de queixas recebidas pelo banco com o número de clientes para verificar qual deles tem o maior índice relativo de reclamações. Assim, evita-se que alguns bancos apareçam sempre no topo do ranking por causa do maior número de clientes.

Banrisul, HSBC, BB e Itaú vêm logo depois

O Banrisul passou da terceira para a segunda posição do ranking do BC. O HSBC passou do primeiro lugar em abril para o terceiro em maio. Já o Banco do Brasil permaneceu no quarto lugar e o Itaú entrou para o ranking, ocupando a quinta posição, no lugar do Bradesco, que não está mais entre os cinco mais reclamados.

O Banrisul ficou na segunda posição, com índice de 1,48. O banco teve 36 reclamações entre 2,417 milhões de clientes. As principais reclamações foram a prestação do serviço de conta-salário de forma irregular, concessão de crédito consignado sem documentação adequada e irregularidades na apresentação do Custo Efetivo Total (CET) das operações de crédito.

O HSBC ocupa o terceiro lugar, ao apresentar índice de 1,31 com 79 reclamações e 6,026 milhões de correntistas. As principais queixas foram a cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados, esclarecimentos de dúvidas de forma incompleta ou incorreta e realização de débitos não autorizados.

Na quarta colocação vem o BB. O banco público teve índice de 0,85, resultado de 316 reclamações procedentes para um universo de 36,843 milhões de clientes. As principais reclamações (em ordem decrescente) foram: realização de débitos não autorizados; cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados; e problemas de segurança na realização de transações em meios alternativos, como internet banking.

Encerrando o grupo dos cinco bancos com maior número de reclamações está o Itaú com índice de 0,73. Foram 196 queixas para 26,664 milhões de correntistas. As principais reclamações foram: realização de débitos não autorizados; cobrança de tarifas irregulares em pacotes de serviço; e concessão de crédito consignado sem documentação adequada.

No total, foram 1.049 reclamações de clientes procedentes em maio contra 732 em abril.

Entre bancos menores, PNB lidera em queixas

O BNP Paribas liderou as queixas entre os bancos médios, com menos de um milhão de clientes, subiu da segunda para a primeira posição, o BMG subiu da terceira para a segunda e o Banco Pan subiu do quarto lugar para o terceiro lugar. O Banco BIC e o J. Malucelli saíram do ranking neste mês e deram lugar aos bancos Daycoval e Citibank, que ficaram na quarta e quinta posição, respectivamente.

Também entre os bancos médios o Société Genéralé, que estava na primeira posição no mês passado, não está mais entre os cinco mais reclamados.

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