A greve dos bancários deste ano está sendo considerada a maior da história e a cada dia tem mais adesões. Na base do Sindicato de Mogi das Cruzes, trabalhadores da gerência média do Banco do Brasil também decidiram engrossar o movimento e paralisaram as atividades.
Conforme explicou a diretora de Imprensa da entidade, Regina de Siqueira, a adesão dos gerentes tem aumentado a cada dia, o que já causa impacto no resultado da instituição financeira, pois sem a gerência média o banco para de funcionar de vez, porque são esses bancários que realizam os negócios que aumentam os lucros do banco.
REUNIÕES
Essa forte adesão dos gerentes do Banco do Brasil à greve vem resultando num movimento marcado por uma série de reuniões com diversas agências, inclusive com unidades que não compõem a base do Sindicato de Mogi, como Guarulhos, Itaquaquecetuba, Gurararema e Santa Isabel, que estão reunidos na manhã desta quarta-feira (5 de outubro) no largo do Rosário (Praça da Marisa, em Mogi), para discutir estratégias para fortalecer o movimento.
Uma nova reunião com o grupo está marcada para a manhã desta quinta-feira (6 de outubro), às 8h30, na sede do Sindicato de Mogi (Rua Engenheiro Eugênio Motta, 102, Vila Santista). O objetivo é chamar os colegas a lutarem pela volta das negociações:
“Isso demonstra claramente o descontentamento dos bancários com a instituição. São eles quem trabalham duro para garantir os lucros bilionários todos os anos, portanto, sentem na pele o desrespeito e a falta de valorização por parte dos banqueiros”, disse Regina, lembrando que apenas nos primeiros seis meses deste ano, o BB obteve R$ 4,824 bilhões de lucro.
Outra preocupação dos bancários do BB é quanto ao emprego, com a reestruturação do sistema financeiro, por causa da revolução digital que resultou na implantação de inúmeras agências digitais. No primeiro semestre deste ano houve redução de 2.710 postos de trabalho no Banco do Brasil.
