Foi preciso uma tragédia para que o Bradesco cedesse às pressões do Sindicato dos Bancários de São Paulo e concordasse em instalar a porta giratória em uma de suas agências, na Avenida Água Fria, recente palco de um violento assalto que deixou um suspeito morto, uma gerente e um vigilante feridos.
O crime ocorreu no dia 31 de outubro quando criminosos armados invadiram a agência e fizeram refém a bancária. Foram cerca de 20 disparos, segundo a Polícia Militar. Dois deles atingiram braço e pescoço da gerente e outro feriu o braço de um dos vigilantes.
Um dia após o ocorrido, o banco ainda tentou abrir a agência, localizada a poucos metros da Academia de Polícia do Barro Branco, com os mesmos funcionários que presenciaram toda a ação. Uma mobilização dos dirigentes sindicais impediu que isso ocorresse. O Sindicato exigiu ainda a imediata instalação de portas de segurança no local.
A direção do Bradesco havia pedido um prazo para responder à solicitação dos trabalhadores, mas confirmou na terça-feira 8 que irá instalar o equipamento. “É uma vitória para os trabalhadores e mais uma prova de que a reivindicação do Sindicato por mais investimentos em equipamentos de segurança para bancários e clientes é urgente”, explicou o diretor do Sindicato Marcos do Amaral, o Marquinhos.
Para ele, é preciso continuar a luta até que o banco estenda essa reivindicação a todas as suas agências. “Não é necessário ocorrer tragédias como essa para que seja feito um investimento que preserva a vida das pessoas.”
