É grande o sofrimento na vida de bancários que adoecem por conta do ritmo de trabalho imposto nas instituições financeiras. São comuns casos de LER/Dort provocados por esforços repetitivos, de transtornos mentais causados pela pressão em cumprir metas, de traumas contraídos após assaltos, de assédio moral, além de outros tantos males.
No dia 24 de novembro, segunda-feira, um pouco do que vivem essas pessoas poderá ser conferido no lançamento do Vídeo Denúncia – Saúde dos Bancários, um documentário que retrata a vida dos trabalhadores que foram adoecidos no setor financeiro. A primeira exibição do vídeo produzido pelo Sindicato dos bancários de São Paulo em parceria com a produtora Pulso Filmes começa às 19h, no Grêmio Recreativo Café dos Bancários (Rua São Bento, 413, Centro – SP).
Assista ao trailer: http://www.spbancarios.com.br/videogaleria.asp?ID=Trailer_Video_Saúde.wmv
Para o secretário de Saúde do Sindicato, Walcir Previtale, o documentário serve como denúncia e tem o objetivo de chamar atenção dos patrões e também da sociedade para a importância da prevenção e a seriedade que merecem questões relacionadas à saúde no trabalho.
SAT – O alto índice de adoecimento de bancários refletiu-se também no valor da alíquota de contribuição dos bancos para o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT). Ela subiu de 1% para 3%, a maior possível. Ou seja, o setor está entre os que mais oferece riscos para a saúde dos empregados.
Outros exemplos de setores da economia que pagam os 3% e, portanto, oferecem o mesmo grau de risco que os bancos, são construção civil; alguns da metalurgia, como produção de materiais em aço; transporte aéreo de passageiros e qualquer atividade relacionada à rede de esgotos. Em outras palavras, trabalhar em banco é tão perigoso para a saúde quanto construir um prédio, produzir aço, voar ou limpar uma rede de esgotos.
