Em resposta a não instalação de porta giratória e biombos nas agências, os bancários de Mato Grosso realizam nesta quarta-feira (21) ato público por mais segurança, em frente ao Itaú e Santander da Rua Barão de Melgaço, no centro da cidade. A atividade marcou o dia nacional de luta por mais segurança nos bancos. Houve o retardamento da abertura das agências por uma hora.
Em uma peça de teatro, trabalhadores representaram um ladrão e um cliente vítima de “saidinha de banco”, denunciando a insegurança da população nas agências e, com a exposição de um biombo, reforçaram a cobrança pela instalação das barreiras visuais nos caixas em cumprimento da lei municipal dos biombos em Cuiabá.
“É uma vergonha que o Itaú não tenha porta giratória com detector de metal e não tenha biombos, assim como o Santander. O Sindicato vai continuar pressionando os bancos para oferecer segurança para a população, clientes e bancários. Os bancos devem agir para proteger as pessoas que são prioridades”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Arilson da Silva.
O Itaú, por exemplo, vem andando na contramão diante dos resultados obtidos em 2011, quando obteve um lucro de R$ 14,6 bilhões, demonstrando total descaso com o atendimento decente.
“Somente nos primeiros meses de 2012, o Itaú já demitiu mais de 30 chefes de famílias em Mato Grosso, comprovando assim que ‘responsabilidade social e sustentabilidade’ no Itaú são questões fictícias”, destaca o secretário-geral do Sindicato e funcionário do Itaú, Natércio Brito.
Dados
A instalação de portas giratórias, no final dos anos 90, após muita luta dos bancários e aprovação de leis em vários municípios, reduziu o número de assaltos no Brasil e trouxe mais segurança para trabalhadores, clientes e usuários.
Conforme a estatística nacional da Febraban, houve 1.903 assaltos, consumados ou não, em 2000. O número caiu para 369 em 2010, uma queda de 80,61%. Entretanto, houve um crescimento para 422 ocorrências em 2011, ano em que vários bancos retiraram portas giratórias, um aumento de 14,36% em relação a 2010.