Bancários do BB protestam em Brasília por plano de funções digno

Mobilização dos funcionários do BB na capital federal

A luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas sem redução de remuneração segue forte no Banco do Brasil, e nesta quarta-feira 20 os bancários promoveram um dia nacional de protestos para exigir do banco um plano de funções digno. Em Brasília, os protestos foram na Diretoria de Tecnologia do Sede IV e em frente ao Sede I, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul.

As atividades fazem parte de uma mobilização unificada no país, indicada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. “Vamos continuar unidos em torno do objetivo comum de lutar pela jornada de 6 horas com a manutenção da remuneração. Além das manifestações, o Sindicato está focado em ações judiciais coletivas ligadas a 7ª e 8ª horas e de garantia dos direitos dos trabalhadores”, destaca o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rafael Zanon.

Durante os atos, bancários se manifestaram e trouxeram sugestões que serão encaminhadas para o Comando Nacional. A Comissão de Empresa e o Comando se reunirão na sexta-feira 22 para deliberar sobre a continuidade da estratégia a seguir e orientar os sindicatos.

Sindicato ingressa com ações coletivas

O sindicato ingressará com ações coletivas na Justiça do Trabalho cobrando a 7ª e 8ª hora de grupos homogêneos que ocuparam função técnica nos últimos cinco anos ou mais.

Para constar nas ações, o bancário deverá estar sindicalizado. Está disponível um formulário para preenchimento pelo trabalhador que servirá para organizar os grupos homogêneos. O formulário é de uso restrito do Sindicato e seu preenchimento não é obrigatório para participação na ação.

“Lembramos que todos os bancários que estiveram em função não gerencial estão incluídos na ação. O processo vai beneficiar os que estiveram na função alvo da ação”, esclarece Rafael Zanon.

Denúncias de terceirização e falta de processo seletivo

Durante as manifestações, bancários denunciaram práticas constantes de assédio moral, o aumento da terceirização e a falta de processos transparentes nas seleções para cargos comissionados no BB.

Na Ditec (Diretoria de Tecnologia), as denúncias são a respeito da terceirização de vários serviços que são exercidos por funcionários do BB. O banco fundou a empresa chamada BB Tecnologia em substituição da Cobra Tecnologia e aumentou a terceirização em diversas áreas.

O sindicato ressalta que continuará na luta pelas reivindicações da categoria e lembra da importância da mobilização dos bancários para pressionar o banco a valorizar os trabalhadores.

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