O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi 1,7% inferior no período de julho a setembro, na comparação com o trimestre anterior, em série que já leva em conta ajustes sazonais para aferição do índice. Em relação ao terceiro trimestre de 2014, o recuo é de 4,5%. No acumulado em quatro trimestres, o PIB encolheu 2,5%. E de janeiro a setembro, a queda acumulada é de de 3,2%. Em medidas trimestrais, a produção nacional havia diminuído 1,9% de abril a junho, o que caracteriza um movimento recessivo da economia (queda por dois trimestres seguidos; neste são três quedas seguidas, já que o nível do trimestre janeiro-março também foi negativo). Os dados foram divulgados hoje (1º) pelo IBGE.
Em valores correntes, o PIB – soma de todas as riquezas produzidas no país – alcançou R$ 1,481 trilhão em setembro. A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2015 foi de 18,1% do PIB, inferior à do mesmo período de 2014 (20,2%). A taxa de poupança foi de 15,0% (ante 17,2% no mesmo período de 2014). A Agropecuária (-2,4%), a Indústria (-1,3%) e os Serviços (-1,0%) recuaram na comparação com abril-junho.
Na Indústria, a maior queda se deu na de Transformação: retração de 3,1%. Construção civil (-0,5%) e Extrativa mineral (-0,2%) também registraram resultado negativo no terceiro trimestre do ano. Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana apresentou crescimento de 1,1%.
Nos Serviços, Administração, saúde e educação pública (0,8%) e Intermediação financeira e seguros (0,3%) apresentaram resultados positivos. As demais atividades sofreram retração em relação ao trimestre imediatamente anterior: Comércio (-2,4%), Outros serviços (-1,8%), Transporte, armazenagem e correio (-1,5%), Serviços de informação (-0,5%) e Atividades imobiliárias (-0,1%).
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo teve o nono trimestre consecutivo de queda nessa comparação: -4,0%. A Despesa de Consumo das Famílias (-1,5%) caiu pelo terceiro trimestre seguido e já acumula recuo de 4,5 em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Já a Despesa de Consumo do Governo cresceu 0,3% em relação ao trimestre anterior. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram queda de 1,8%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços recuaram 6,9% em relação ao segundo trimestre de 2015.
