Os empregados do HSBC Brasil, protagonistas do lucro de R$ 2,1 bilhões atingidos no banco inglês, não foram convidados para a ilha paradisíaca na República Dominicana, lugar escolhido pelo alto escalão do banco para comemorar os excelentes resultados obtidos no primeiro semestre deste ano. Enquanto isso, os trabalhadores continuam sendo ludibriados quando o assunto é o pagamento da participação dos lucros e resultados.
O presidente do HSBC no Brasil, Conrado Engel, discursou para cerca de 160 lideranças políticas brasileiras e dominicanas, no 14º Meeting Internacional, organizado pelo empresário João Doria Jr, e afirmou “que se há um ano o cenário era de crise, hoje só há motivos para comemorar”, conforme consta na matéria publicada na Revista Caras de outubro.
A mesma opinião não é partilhada pela maioria dos trabalhadores, lesada em razão do provisionamento feito pelo banco para conter despesas que eventualmente possam acontecer, baixando o lucro para cerca de R$ 250 milhões. Para eles, foi tomado por base o cálculo considerando a provisão, enquanto ao alto escalão, foi usado o lucro total de R$ 2,1 bilhões.
“Os bancários do HSBC lutarão até que a empresa reconheça o esforço de todos os trabalhadores. Além de manipular o cálculo da PLR, o banco ainda é líder em reclamações no BC e vem prestando péssimo atendimento aos clientes no país”, afirma Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT e funcionário do banco.