Durante vários dias, os bancos ficaram em silêncio e ignoraram a disposição de luta dos bancários, sem retomar as negociações. Essa postura das instituições financeiras só fez ampliar ainda mais a greve dos bancários, que completa nesta quarta-feira, 28/9,vinte e três dias de paralisações em bancos públicos e privados em todo o Estado.
Desde ontem, terça-feira, 27/9, o Comando Nacional dos Bancários está reunido em São Paulo, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), cobrando dos banqueiros uma proposta para a categoria.
A intransigência dos bancos só aumentou a insatisfação da categoria e incentivou o crescimento da greve em todo País. No Ceará, a adesão está em 77%, o que corresponde a 431 agências fechadas das 562 existentes. As reivindicações são justas, principalmente em face dos lucros estrondosos dos bancos nos últimos anos. Somente nos primeiros seis meses de 2016, as maiores instituições acumularam R$ 30 bilhões.
A greve é culpa dos bancos e os bancários reivindicam respeito e dignidade de um dos setores mais rentáveis de economia, que tem a obrigação de valorizar seus funcionários, gerar empregos e melhorar as condições de trabalho.
Nesta quarta-feira, 28/9, os bancários manifestaram a disposição para continuar na luta, continuar com a greve até a apresentação pelos bancos de uma proposta para atender as reivindicações da categoria.