(São Paulo) O deputado estadual Marcos Martins (PT) ingressou com um projeto de lei na Assembléia de São Paulo que obriga todos os bancos a instalarem porta de segurança nas agências e postos de serviço do Estado. O projeto de lei 1.281/07 garante nas portas detector de metais, travamento e retorno automático e vidros blindados. A porta de segurança em todas as unidades é uma antiga reivindicação do movimento sindical bancário.
“Temos um problema grave com a segurança nos bancos, que poderia ser resolvido em boa parte com a implantação de portas giratórias. Hoje os bancos costumam colocar este item de segurança no interior das agências – quando colocam -, deixando completamente desprotegido o auto-atendimento. Este projeto de lei é de suma importância e vamos pressionar os deputados para garantir a aprovação”, afirma Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT.
O projeto de lei garante ainda que as agências e postos de atendimento devem obrigatoriamente manter vigilantes treinados para operar a porta de segurança. Se aprovada, a lei concede um prazo de 120 dias para os bancos instalarem o equipamento.
Na justificativa do projeto, o deputado Marcos Martins destacas as estatísticas oficiais do governo do Estado, que registra crescente onda de assaltos a banco no Estado: “subiram de 487 casos para 1.053 ocorrências entre 2004 e 2007, uma elevação de 116%”.
O deputado ainda cita na justificativa a preocupação da Contraf-CUT com o tema e que a entidade “exige que nenhuma unidade bancária seja inaugurada sem a implementação do plano de segurança aprovado pela Polícia Federal”. Marcos Martins também cita uma frase do secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, sobre a necessidade de lutar por projetos de lei estadual e municipal que garantam mais segurança nos bancos.
“A morte de bancários, vigilantes, clientes e policiais, além de muitos feridos e pessoas traumatizadas para o resto de suas vidas, exige ações imediatas e eficazes de todos. A situação de violência e insegurança não pode prosseguir. Chegou a hora de os bancos considerarem a segurança como questão de responsabilidade social frente aos seus trabalhadores e à sociedade, mesmo porque seus lucros recordes permitem, com folgas, tal investimento”, finaliza a justificativa do deputado.
Fonte: Contraf-CUT