Bancários de Piracicaba rejeitam proposta e decidem pela greve

Dirigentes sindicais afirmaram que vão buscar apoio da população

As agências terão suas atividades paralisadas por tempo indeterminado, a partir de terça-feira (6). Esta também foi a resposta dos bancários de Piracicaba (SP) à proposta desrespeitosa da Fenaban, durante assembleia realizada na noite desta quinta-feira (1º), na sede do Sindicato. Os bancos ofereceram reajuste de 5,5% mais R$ 2,5 mil de abono não incorporado ao salário e a proposta foi rejeitada por unanimidade pelos 104 bancários presentes das cidades de Piracicaba, São Pedro, Cerquilho, Rio das Pedras, Saltinho, Tietê, Charqueada, Capivari e Santa Bárbara D’Oeste, que decidiram pela paralisação por tempo indeterminado a partir do próximo dia 6, terça-feira.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, José Antonio Fernandes Paiva, conta que nestes 56 anos de luta do sindicato, não há recordação de que se tenha decretado a greve sem ter nenhuma abstenção. “Hoje a proposta e o comportamento da Fenaban tiveram resposta inédita, que demonstra a insatisfação da categoria com essa proposta.”

Segundo Paiva, a categoria devolveu ao sindicato à disposição de luta. “Cabe agora ao sindicato dar vazão a essa disposição, organizar a intervenção, levar informação para os clientes e para os bancários ausentes da decisão firme tomada em assembleia, em resposta a atitude irresponsável e desrespeitosa dos bancos.”

Assembleias regionais
Desde o último dia 15, dirigentes do Sindicato percorreram cidades da base territorial para intensificar a mobilização contra o desrespeito proposto pelos bancos, que contou com o apoio de 294 bancários. Piracicaba (dias 15, 29 e 30), Capivari (24), São Pedro (25), Santa Bárbara D`Oeste (28) e Tietê (1º) tiveram suas agências paralisadas por 1h durante o ato em defesa do emprego e melhores condições de trabalho.

Principais reivindicações da categoria
As principais reivindicações são reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7 de aumento real), PLR, 14º salário, garantia de emprego e ampliação das contratações, fim das metas abusivas e do assédio moral, medidas de segurança como dois vigilantes durante o expediente, instalação de biombos nos caixas e fim da revista íntima e combate à terceirização.

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