Márcio Monzane é o novo chefe mundial da UNI Finanças, braço para o setor financeiro da UNI Sindicato Global, entidade que representa cerca de 900 sindicatos e 20 milhões de trabalhadores do setor de serviços em todo mundo. Ele substitui o alemão Oliver Roethig, que passa a ser secretário regional da UNI Europa a partir do dia 23 de maio. Brasileiro, funcionário do Santander e ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Monzane ocupava o cargo de diretor regional da UNI Américas.
Em entrevista à Contraf-CUT, o dirigente afirmou que a conquista é fruto de um trabalho coletivo desenvolvido pelos trabalhadores da América Latina. “É a primeira vez que tem um brasileiro trabalhando na sede da UNI global e a primeira vez também que um não-europeu assume como chefe da UNI Finanças para o mundo. É uma conquista importante, mas traz uma responsabilidade maior ainda, pois seremos observados e cobrados também por esse prisma”, afirma Monzane.
“Pretendo manter o trabalho que temos feito nas Américas, de incluir sindicatos, dar prosseguimento às discussões com multinacionais, como a busca do acordo marco global com o Santander. Vamos também ampliar o processo de organização das redes sindicais, ampliás-las do ponto de vista mundial. Ou seja, vamos potencializar o que a gente sabe fazer, que é ação sindical e intercâmbio de conhecimentos”, avalia Monzane.
O presidente da UNI Américas Finanças e da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, parabenizou Monzane. “É uma conquista justa por conta do trabalho que ele desenvolveu como diretor regional da UNI Américas, de organização das redes sindicais e mobilização dos sindicatos. O Márcio é um articulador nato, com amplo conhecimento do sistema financeiro e certamente desempenhará um papel importante na UNI Finanças”, sustenta.
Em comunicado, o secretário-geral da UNI Sindicato Global, Philip J. Jennings, destacou o histórico de Monzane na UNI Américas desde 2004. “Ele está totalmente consciente dos planos de trabalho ambiciosos da UNI Finanças e transformou o trabalho no setor na UNI Américas”, destaca. “Márcio tem um importante papel nas negociações com vistas a um acordo global com o Banco do Brasil. Sua experiência nacional e internacional oferece sólido cimento para seu êxito como chefe de departamento”, frisou.