Conferência dos bancários da Bahia e Sergipe aprovam propostas para Campanha

Mobilização: Campanha Nacional começa forte na Bahia e Sergipe

A 13ª Conferência Interestadual dos Bancários, ocorrida no último fim de semana, definiu as propostas dos bancários da Bahia e Sergipe para a Campanha Nacional. Foi aprovada a reposição da inflação, mais 10% de aumento real. O índice será encaminhado para apreciação na 13ª Conferência Nacional, que ocorre nos dias 29, 30 e 31, em São Paulo.

O evento contou com a participação do secretário de finanças da Contraf-CUT, Roberto Von Der Osten, o Betão. Ele fez uma apresentação e debateu os temas da Campanha Nacional com os presentes.

O diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, lembra da responsabilidade da categoria. “Os bancos formam o setor mais lucrativo da economia. Portanto, não vamos aceitar o discurso de que é preciso conter o aumento real para impedir o avanço da inflação”.

A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) também mereceu destaque entre as cláusulas econômicas. Os bancários aprovaram Participação de 15% do lucro líquido distribuído de forma linear, garantindo o mínimo de três remunerações base. E mais. Piso de R$ 2.297,51 (salário mínimo estabelecido do Dieese).

Outros temas abordados durante a 13ª Conferência Interestadual, no final de semana, foram terceirização, que contribui para a precarização do trabalho, e trabalho decente.

De acordo com o diretor da Federação da Bahia e Sergipe, José Antônio, as vantagens de terceirizar funcionários são apenas para os banqueiros, que faz o máximo para minimizar os custos. Os bancários só ficam os prejuízos. Por isso, os sindicatos precisam ficar de olho, para fazer cumprir as regras da relação trabalhista. A região Nordeste é a terceira no ranking de terceirização no país, com 17,3%. A primeira é o Sudeste (51,8%), seguida do Sul (21%).

Trabalho decente também entrou na pauta de discussões durante o evento. O programa é o ponto de convergência de quatro objetivos estratégicos da Organização Internacional do Trabalho: promoção dos direitos fundamentais, emprego, proteção social e diálogo social. Segundo Everaldo Augusto, o nível de precarização no país estava tão alto que era preciso promover a valorização do trabalho.

Todas as propostas, inclusive as sociais, agora serão levadas à Conferência Nacional, através de 28 delegados eleitos, três observadores, além dos três delegados natos que fazem parte do Comando Nacional.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram